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As raças de cães com origem brasileira

Não é segredo que os cães são descendentes dos lobos. Mas antes de serem apenas fiéis companheiros e amigos dos humanos, os cães desempenhavam papéis e trabalhos importantes na sociedade. Por isso, os humanos criaram os cães e escolhiam os melhores animais por suas aptidões físicas e mentais, além de suas habilidades de caça, pastoreio, olfato, rastreio, força e resistência, criando os diferentes tipos e grupos caninos. No Brasil, isso não foi diferente, por isso temos algumas raças de cães com origem brasileira. 

Vale lembrar que, atualmente, as raças são divididas em 10 diferentes tipos e grupos caninos pela Federação Cinológica Internacional (FCI) e pela Federação Brasileira de Cinofilia (CBKC). Esses grupos consistem em diferentes características e funções que diferentes raças possuem. São elas: 

1 – Pastores e Boiadeiros, excetos os suíços
2 – Pinschers, Schnauzer, Molossos e Boiadeiros Suíços
3 – Terriers
4 – Dachshunds
5 – Spitz e Tipo Primitivo
6 – Sabujo e Rastreadores
7 – Cães de Aponte
8 – Retrievers, levantadores e cães de água
9 – Cães de Companhia
10 – Galgos e Lebreiros
11 (Bônus) – Raças só reconhecidas pela CBKC e ainda sem reconhecimento internacional 

 Se você quer saber mais sobre cada característica e raça que pertence a cada grupo canino, você pode conferir neste artigo. 

Atualmente existem dez raças de cães com origem brasileira reconhecidas pela CBKC, e dessas apenas três são reconhecidas internacionalmente pela FCI. Neste artigo, vamos conhecer melhor e explorar sobre as raças de cães com origem brasileira. 

 Fila Brasileiro 

O fila brasileiro, ou onceiro, foi a primeira raça brasileira reconhecida internacionalmente, classificada como pertencente ao grupo 2 (Pinschers, Schnauzer, Molossos e Boiadeiros Suíços). Ele é um cão robusto utilizado como cão de guarda e companhia. 

Existem muitas discussões sobre qual a verdadeira origem do fila brasileiro. A primeira teoria é que ele é o resultado de um cruzamento entre cães de trabalho de origem inglesa de grande porte, como o mastins-ingleses, os bloodhounds e os antigos buldogues ingleses, já que possui características dessas raças. 

Outra teoria é que o fila brasileiro seja descendente de cães primitivos portugueses e espanhóis, trazidos ao Brasil durante a União Ibérica no século XVI e XVII. 

O que se sabe é que o fila brasileiro é uma raça tão antiga que chegou a ajudar os colonizadores e bandeirantes na conquista de territórios e na proteção de rebanhos e comitivas. 

O fila brasileiro é um animal robusto e forte, porém comportado e seguro. Seu nome deriva da palavra “filar”, que significa “agarrar, segurar ou prender”, ou seja, é um cão que morde e não solta, tendo o nome similar a cães portugueses, como o fila de São Miguel

Terrier brasileiro 

O terrier brasileiro, também conhecido como fox paulistinha ou foquinho, é outro cão brasileiro reconhecido internacionalmente, pertencente ao Grupo 3 – Terriers.  

Uma teoria sobre sua origem se dá no final do século XIX e começo do século XX, quando jovens brasileiros de classe mais alta viajavam para a França e Inglaterra para estudarem em grandes universidades. Por passarem anos na Europa, muitas vezes voltavam já casados e com os cães de pequeno ou médio porte que eram excelentes para o convívio com família, os diversos cães de tipo terrier. 

Os cães de tipo terrier, além da companhia, eram perfeitos para a caça de pequenas pragas e ratos na fazenda de seus tutores. Assim, acabaram ficando e cruzando com os cães locais para formar a nova raça. 

Outra teoria afirma que o terrier brasileiro tem uma origem bem mais antiga, e que é um descendente de raças espanholas e portuguesas presentes em embarcações ainda no final do século XVI. Esses cães, como o ratonero bodeguero andaluz, eram utilizados na caça de ratos e pragas nos navios, e são muito mais parecidos fisiologicamente com os fox paulistinhas

Assim como todos os terriers, o terrier brasileiro é um cão de médio e pequeno porte, ótimo caçador, mas também um perfeito e amoroso cão de companhia. Ele é alerta, muito incansável e ativo, esperto e amigável, porém desconfiado com os estranhos. 

O terrier brasileiro possui um corpo esbelto, e pelos curtos, adaptados para o clima tropical brasileiro. Além disso, os foquinhos são majoritariamente brancos com manchas nas costas. 

Rastreador Brasileiro 

O rastreador brasileiro, também chamado de urrador, pantaneiro e até mesmo onceiro, é um cão reconhecido internacionalmente como do grupo 6 – Sabujo e Rastreadores. Como o próprio nome já diz, ele é um cão de caça especializado em rastrear. A raça é especialmente utilizada para o levante e o encurralamento de animais, incluindo animais grandes e predadores, como onças e onças pardas. 

Diferente do fila brasileiro e do fox paulistinha, o rastreador brasileiro foi desenvolvido intencionalmente por meio da seleção genética a partir do foxhound americano, com o objetivo de criar um cão de caça ágil e adaptado ao clima tropical brasileiro. A raça foi desenvolvida pelo cinófilo Oswaldo Aranha Filho, o filho do antigo embaixador brasileiro nos EUA, que tinha o objetivo de criar um animal com cor clara e sem cor amarela, com um excelente olfato e um latido alto.  

Além disso, a raça deveria ter grande resistência, coragem e persistência para conseguir perseguir animais como raposas, tatus, porcos-do-mato e até mesmo onças pardas e onças sem se intimidar e por quanto tempo fosse necessário, até mesmo em pântanos e rios. Todas as características perfeitas para um cão de caça. 

A raça chegou a ser considerada extinta, mas por conta de doações do cinófilo a fazendeiros na época e a reconstrução a partir dos anos 2000, ela foi reconhecida novamente. 

O rastreador brasileiro é um cão forte, rústico, alegre e não agressivo. Ele possui energia e persistência para correr durante horas em terrenos acidentados e sob altas temperaturas sem dificuldade. É um excelente caçador de grande porte, pelo liso e orelhas grandes. Além disso, ele é tranquilo, apegado ao dono, autoconfiante e dócil, não é tímido e nem agressivo. 

Buldogue Campeiro 

O buldogue campeiro é uma raça ainda não reconhecida internacionalmente, mas que pertenceria ao mesmo grupo do buldogue inglês, o grupo 2 – Pinschers, Schnauzer, Molossos e Boiadeiros Suíços. 

 Sua origem é oriunda dos antigos buldogues trazidos ao Brasil pelos imigrantes europeus, sendo desenvolvida no sul do país. A palavra “Campeiro” remete ao campo, relacionando a raça ao seu trabalho de captura de gado arredio em meio ao campo e mata nativa. Além disso, eram utilizados como companheiros e cães de guarda de fazendas e campos. 

 O buldogue campeiro é um cão forte e potente, com maxilares fortes e projetados para segurar o boi. Seu focinho tem o comprimento ideal para o agarre de um bovino independente do seu tamanho e peso. Ele é vigilante, tranquilo, com espírito de luta e companheiro do seu tutor. Similar ao buldogue inglês, a raça nacional possui porte médio, pelo curto e aspecto imponente e robusto. 

Buldogue serrano 

O buldogue serrano é uma raça muito similar e que possuía as mesmas tarefas do buldogue campeiro. A raça ainda não é reconhecida internacionalmente, mas pertenceria ao grupo 2 – Pinschers, Schnauzer, Molossos e Boiadeiros Suíços

 A versão mais aceita de sua origem, é que o buldogue serrano foi outra raça que se originou dos buldogues trazidos por imigrantes no século XIX. No entanto, é o resultado de uma mistura entre raças como o bullenbeisser, o buldogue maltês, o antigo buldogue inglês e até mesmo o alano español que teria atravessado as fronteiras. Além do fila de terceira, uma raça portuguesa já extinta, similar aos buldogues. 

Ao contrário dos buldogues campeiros, que possuem aptidão para trabalhos em campos, o buldogue serrano é mais leve e possui aptidão de caça e recuperação de gado nas encostas das serras e nas serras gaúchas. 

O buldogue serrano é parecido com o seu “primo” campeiro, no entanto ele é mais leve para ter energia e agilidade para o trabalho nas serras e baixo para passar por baixo das cercas das fazendas de gado. É um cão dócil e meigo com as pessoas, mas também é um ótimo guardião atento e versátil. É corajoso e disciplinado ao seu tutor. 

Dogue brasileiro 

O dogue brasileiro, também chamado de brazilian dogo ou bull boxer, é um cão de guarda urbano familiar criado no Brasil. Atualmente a CBKC só reconhece a raça como pertencente ao grupo 11 – Raças não reconhecidas pela CBKC, mas devido às suas características e utilidade, ele seria do grupo 2 – Pinschers, Schnauzer, Molossos e Boiadeiros Suíços. 

O dogue brasileiro foi desenvolvido acidentalmente pelo criador de bull terriers, Pedro Ribeiro Dantas, que após a insistência de um vizinho, cruzou um de seus cães da raça com uma cadela da raça boxer. Ao nascer a ninhada, Pedro ficou com uma cadela chamada Tigresa, e percebeu que ela tinha as características, qualidades e aptidões excepcionais e superiores de cada raça. Assim, ele começou o desenvolvimento da nova raça, que chamou de dogue brasileiro por sua característica forte, como os dogues, e sua origem nacional. 

Assim como Tigresa, os dogues brasileiros são carinhosos, obedientes e com uma excelente aptidão física e vigor. São animais funcionais, ágeis, fortes, ativos e observadores, excelentes na guarda doméstica. Assim como as raças que originaram, os dogues brasileiros são apegados à família e equilibrados, com muita dedicação e amor. 

Ovelheiro gaúcho 

O ovelheiro gaúcho, ou ovelheiro brasileiro, é um cão originário no Rio Grande do Sul, considerado por lei patrimônio cultural e genético do estado. É uma raça de cão pastor ainda não reconhecido pela FCI, mas por sua habilidade e histórico em pastoreio, seria pertencente ao grupo 1 – Pastores e Boiadeiros, exceto os suíços. 

O ovelheiro gaúcho é resistente e ágil, sendo muito obediente para as atividades de pastoreio, principalmente de ovelhas, mas também é utilizado em outros rebanhos. Até hoje, a raça é utilizada no trabalho em campo no sul do país. 

Histórias dizem que um bom ovelheiro substitui três homens, e um peão sem um cão da raça, vale meio peão. Na rotina das fazendas, é comum o ovelheiro gaúcho chegar a fazer o trabalho sozinho com facilidade. Além de trabalhar sem a presença do peão para acompanhar no pastoreio, ele é responsável fazer a guarda do rebanho. 

Assim como diversas raças brasileiras, não se sabe a origem exata da raça, já que ela não foi planejada. A teoria mais aceita é que o ovelheiro gaúcho é um descendente de diversos cães de pastoreio do Rio Grande do Sul junto com outras raças que deram características distintas, como o border collie, o rough collie, o cão da Serra da Estrela e até mesmo o pastor alemão. Com a mistura e a escolha de filhotes de cães com maior aptidão para o pastoreio, surgiu a nova raça. 

Os ovelheiros gaúchos são de estatura média, com pelagem não muito longa e com grande resistência, agilidade e rusticidade. Eles são de fácil adaptação, obedientes e não são agressivos. No entanto, são cães de alarme que latem por qualquer ruído. 

Pastor da Mantiqueira 

O pastor da Mantiqueira, também conhecido como policialzinho ou pastorzinho caipira, é um cão boiadeiro de porte médio, que tem origem na Serra da Mantiqueira, no sudeste do Brasil. O pastor da Mantiqueira não é reconhecido internacionalmente, mas pelo seu trabalho e comportamento, ele seria do grupo 1 – Pastores e Boiadeiros, exceto os suíços. 

Assim como a maioria das raças brasileiras, a origem do pastor da Mantiqueira é incerta. Uma das teorias diz que ele tem origem em uma antiga raça conhecida como “policial”, dando origem ao seu apelido “policialzinho”. Outra teoria mais aceita é que o Pastor da Mantiqueira é uma mistura de raças como o pastor garafiano e o pastor basco, e posteriormente com o cão da Serra da Estrela. Os peões da serra escolhiam os melhores cães para acasalar e atender às suas necessidades, e assim surgiu a nova raça. Como a Serra da Mantiqueira tem um acesso difícil a outros cães, a raça acabou se preservando com o tempo. 

Os pastores da Mantiqueira são animais com uma habilidade especial no trabalho de rebanhos de ovinos, equinos e principalmente bovinos na serra com difícil acesso, onde os peões não conseguiam chegar. Eles são cães de trabalho árduo, cheios de energia e vitalidade. São espertos, alertas, responsáveis, inteligentes e conseguem até mesmo sem a presença do, por conta da necessidade na serra. 

Possui pelagem variável, pode ser curta, média ou longa, com pelos lisos ou crespos, assim como a cor dos pelos também pode variar.  

Veadeiro Nacional 

O veadeiro nacional, também chamado de veadeiro paulista, é uma antiga raça de cães de caça com origem brasileira, e era utilizada em grande escala na caça do veado-campeiro. A raça ainda não é reconhecida internacionalmente, mas a CBKC classifica seu futuro como pertencente ao grupo 6 – Sabujo e Rastreadores, embora também tenha características de um cão galgo. A raça quase foi extinta com a proibição da caça esportiva e caça comercial de veados e cervos no Brasil, mas hoje é utilizada na caça legal de javalis selvagens. 

Acredita-se que o veadeiro nacional é descendente dos cães de caça trazido pelos colonizadores, que foram cruzados com cães selvagens e cães criados pelos povos originários para adaptá-los ao clima tropical. 

O objetivo era criar um cão que aguentasse o clima mais quente e tivesse aptidão para a caça em mata fechada. Sua genética é parecida com a de galgos e podengos portugueses. No entanto, com o ápice da popularidade no meio rural e para melhorar o faro, eles foram cruzados com os cães do tipo hound, como o rastreador brasileiro e o foxhound

Sendo uma mistura de cães de caça ágeis com várias características essenciais, como as altas velocidades e um excelente olfato, a raça se popularizou no século XX onde era utilizado para a caça de veados e até de onças. 

O veadeiro nacional é um cão de porte médio, esbelto e musculoso. É atlético, ágil, elegante, rústico e resistente. Durante a caçada, consegue correr por horas em terrenos irregulares sob forte calor. Ele também é energético e muito apegado ao dono e a outros cães do seu grupo, mas é reservado com estranhos. 

 Veadeiro pampeano 

A última raça, até então, reconhecida pela Federação Brasileira de Cinofilia é a veadeiro pampeano, também chamado de cerveiro pampeiro, perdigueiro gaúcho, bianchini e muitos outros nomes. O veadeiro pampeano, além do Brasil, também tem origem na Argentina e no Uruguai. Assim como o veadeiro nacional, o pampeano possuía a mesma função de caça de animais como os cervos e veados e hoje é utilizado na caça legal de javalis. Sua classificação seria do grupo 6 – Sabujo e Rastreadores. 

Embora possua características e trabalhos parecidos com o veadeiro nacional, o veadeiro pampeano é uma raça distinta reconhecida pela CBKC. Sua origem não é conclusiva, mas acredita-se que o veadeiro pampeano seja um cão descendente de cães do tipo primitivo trazidos na época do Brasil colônia, que chegaram à fronteira com a argentina acompanhando caçadores e, através de cruza e adaptação ao novo clima, surgiu a nova raça. 

Outra hipótese é que o veadeiro pampeano seja na realidade um cão nativo da América do Sul, já que ele é encontrado por várias regiões do Brasil e especialmente nas pampas, um bioma presente no Rio Grande do Sul, Argentina e Norte do Uruguai, e que deu nome à raça “pampeano”.  

O veadeiro pampeano é um excelente caçador, especialista em caçar em grupo ou até mesmo sozinho, com um excelente faro e habilidade para correr em altas velocidades em terrenos acidentados. Ele é muito obediente ao seu tutor, brincalhão, aventureiro e energético. O veadeiro pampeano é tranquilo, dócil e um excelente cão de companhia, mas pode se mostrar arisco com estranhos.  

É um cão de porte médio, comprido e musculoso, com o pelo sempre curto e claro. É forte, esbelto e com um corpo propício à velocidade. 

Conclusão 

O Brasil é um país com uma enorme variedade e diversidade de fauna, e com os cães não seria diferente. As raças de cães com origem brasileira são uma prova do reflexo da rica cultura e história brasileira. Essas raças não só desempenham até hoje papéis específicos e importantes.  Mas também são a testemunha da influência de diferentes culturas que contribuíram para a formação dos cães e da sociedade ao longo dos séculos. Eles foram moldados pelo clima, geografia, adaptabilidade e funcionalidade que o melhor amigo do homem precisou desenvolver ao longo do tempo. 

Apesar de origens variadas e incertas, os cães brasileiros representam um patrimônio histórico e genético nacional, adaptados ao ambiente e às necessidades locais. Todos, reconhecidos internacionalmente ou não, representam traços de resistência, inteligência e lealdade que os tornam grande parte de suas famílias. Seja em trabalho ou na companhia, o cão é realmente o melhor amigo do homem, né? 

Bônus – Vira-lata Caramelo 

Dia do SRD: Dicas para Adaptação de Cães Resgatados

O SRD caramelo, conhecido carinhosamente como vira-lata caramelo ou simplesmente caramelo, é um cão SRD que se tornou um símbolo popular e nacional no Brasil. Atualmente, ele não pertence e nem é reconhecido em nenhum grupo específico da FCI ou da CBKC. No entanto, possui características únicas que o torna especial e amado por todos os brasileiros. 

A origem do caramelo é tão variada quanto a sua aparência, resultado de gerações de cruzamentos e adaptações entre diversos cães. Eles são conhecidos pela pelagem curta de cor caramelo, a característica mais marcante que deu origem ao seu nome. O caramelo possui variedade de porte e personalidade, mas sempre são muito alegres, leais e extremamente afetuosos a sua família e tutores. 

Os caramelos, assim como outros cães SRD, são adotados em grande parte através de abrigos e campanhas de adoção. Também são um dos animais mais presentes nas ruas por conta do abandono, por isso viraram um verdadeiro símbolo de resistência e adaptabilidade. Eles são encontrados em ambientes urbanos e rurais variados, demonstrando sua incrível capacidade de adaptação. Além de serem ótimos companheiros, inteligentes, ágeis e muito amorosos. 

Os caramelos são verdadeiros representantes do espírito resiliente e amoroso dos cães no Brasil. Sua popularidade e presença em todos os ambientes mostraram que esses cães têm muito amor e lealdade para oferecer. Mesmo sem ser uma raça específica, os caramelos com certeza são uma das “raças” com origem brasileira mais importantes para nossa cultura nacional atual. 

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Compreendendo alguns comportamentos curiosos dos cães

O cão é o melhor amigo do homem, e também é o animal domesticado mais antigo da história. Mas isso não significa que já deciframos todos os seus segredos. Assim como os felinos, que possuem muitos comportamentos estranhos, os cães também possuem hábitos curiosos que nem sempre entendemos completamente. Neste artigo, vamos compreender melhor alguns comportamentos curiosos dos cães, como o hábito de cheirar os traseiros uns dos outros ou dar voltas na cama antes de deitar.

Aliás, você quer saber sobre os comportamentos curiosos dos felinos? Você pode conferir clicando aqui!

Cheirar os Traseiros dos Outros Cães

Compreendendo alguns comportamentos curiosos dos cães

No meio do passeio do seu melhor amigo ele se encontra com outro cão da vizinhança e começa uma sessão intensa de troca de odores por baixo dos rabos. Esse comportamento estranho, que para nós é desconfortável, é completamente normal para os cães.

Os cães possuem pequenas glândulas nos seus traseiros que produzem feromônios que transmitem suas informações e notícias diárias. Isso significa que, quando um cão cheira o traseiro do outro, utilizando seu olfato aguçado e um órgão auxiliar chamado órgão vomeronasal, ele consegue saber sobre detalhes da vida do outro animal, como sexo, dieta, estado de saúde, estado emocional e até mesmo características de personalidade e de reprodução do outro.

Além de obter todas essas informações, cheirar o traseiro de outro cão permite que eles se lembrem de encontros anteriores e momentos compartilhados. Esse é o mesmo motivo dos cães sempre tentarem cheirar as partes íntimas das pessoas!

Enterrar objetos

Um cãozinho recebendo um osso e enterrando no quintal é um clássico dos desenhos animados. Mas você já se perguntou por que eles fazem isso?

A resposta para essa pergunta é mais simples do que parece. Eles estão guardando a comida para depois! Esse hábito é um instinto primitivo herdado de seus ancestrais lobos, que enterravam o restante de suas caças para se alimentar depois, quando já se sentiam satisfeitos.

Como os cães possuem um olfato muito aguçado, eles podem esconder o restante do seu alimento em lugares diferentes debaixo da terra para localizar depois através do cheiro. Em casa isso acaba também sobrando para móveis ou debaixo dos tapetes.

Como no ambiente doméstico os cães não precisam caçar, muitas vezes eles acabam enterrando os brinquedos, petiscos ou ossos oferecidos pelo tutor, que consideram objetos valiosos que desejam esconder, preservar e desfrutar sozinho posteriormente.

Girar ou cavar a cama antes de deitar

É hora de dormir, seu cãozinho está com a caminha toda pronta e organizada, mas antes de deitar ele dá uma pequena voltinha e uma enterrada na cama. Esse é mais um dos comportamentos curiosos dos cães!

Os cães são os herdeiros comportamentais dos lobos, e esse hábito de dar uma voltinha e cavar o local de dormir também veio de seus ancestrais. Na natureza, os lobos não possuem o luxo de uma cama macia com almofadas e mantinhas, eles precisam encontrar o próprio local seguro e confortável para descansar. A pequena cavada pode formar um buraco quentinho e adequado, como um ninho, na terra ou na grama para deitar confortavelmente.

A voltinha antes de dormir também é um comportamento herdado dos lobos. Esse “pequeno desfile” que ele faz para o tutor não tem o objetivo de exibir sua beleza. Os cães podem girar antes de deitar para olhar sua família antes de deitar, conferindo a localização de todos para ficar mais seguro. Também aproveitam para conferir a direção do vento para esconder seu cheiro e farejar possíveis ameaças. Esse ritual também serve para marcar o território do seu local de descanso, amaciar o terreno em volta e garantir que o ambiente esteja adequado para um sono tranquilo.

Correr atrás do próprio rabo

Cães são animais extremamente energéticos e curiosos, principalmente os mais jovens. Se o cão está perseguindo incansavelmente o próprio rabo, pode ser uma maneira de diversão e entretenimento, como se ele estivesse caçando a cauda. Geralmente esse comportamento reflete sua curiosidade natural, vitalidade e energia.

No entanto, o cão também pode perseguir o próprio rabo por outros motivos não tão agradáveis. Isso pode ser um sinal de tédio e falta de estímulo adequado, principalmente os cães mais energéticos. Os peludos podem recorrer a isso como uma forma de combater o tédio, gastar a energia acumulada e até mesmo chamar a atenção do tutor.

Além disso, problemas de saúde e ferimentos também podem ser um motivo para esse comportamento. Parasitas, como pulgas e carrapatos que se instalaram na cauda, ou alergias alimentares, podem causar dores e coceira nas regiões traseiras, levando o cão a morder ou perseguir o próprio rabo como uma forma de aliviar o desconforto. Se esse comportamento persistir ou for acompanhado de outros sintomas, é ideal levar seu peludo a um veterinário.

Comportamentos estranhos dos cães
Compreendendo alguns comportamentos curiosos dos cães

Perseguir motos, bicicletas e carros

Quem já passou por bairros com muitos cães de rua ou soltos, certamente já percebeu que, sempre que um veículo passa, os cães costumam correr atrás dele! Existem diversos motivos para esse comportamento canino.

O primeiro motivo é, para os cães, os carros, motos e bicicletas estão literalmente fugindo. O tamanho, velocidade e movimento dos veículos na rua, que parecem que estão em fuga, simula perfeitamente o comportamento de presas maiores na natureza, despertando o instinto de perseguição dos cães.

Outro motivo é a defesa do território. Para os cães, os veículos barulhentos e grandes representam animais intrusos que estão invadindo seu espaço, e eles podem atacar para proteger seu território. Esse hábito até mesmo incita os outros cães do grupo a fazer o mesmo. Como os veículos tendem a continuar seu caminho em direção oposta do cão, eles interpretam que seu esforço está valendo a pena e seu território está protegido.

Além disso, alguns cães podem perseguir veículos simplesmente por diversão. Como os humanos não conseguem alcançar as altas velocidades dos cães nas brincadeiras, perseguir um carro ou uma moto pode ser bem mais satisfatório para eles do que correr com seus tutores.

Estão sempre com a língua para fora

Um dos comportamentos curiosos dos cães, é o hábito de sempre manter a língua para fora. Esse comportamento também possui alguns motivos específicos e interessantes. Primeiramente, para os cães, ficar com a língua de fora é como um sorriso. O pet faz isso quando está tranquilo e bem relaxado. Alguns até mesmo dormem com a língua para fora.

O segundo motivo é para regular a temperatura corporal, geralmente em dias muito quentes ou após uma sessão de brincadeiras onde eles praticaram muitos exercícios. Quando estão com muito calor, o cão transpira pelas almofadas das patas, coloca a língua para fora e acelera a respiração. Esse processo ajuda a expelir o ar quente do corpo, e substitui por um ar mais fresco e adequado.

Levantam uma patinha da frente

Você já reparou no seu cãozinho levantando uma patinha da frente em casa ou durante o passeio? Esse comportamento é parte do seu instinto natural para concentrar o olfato e localizar o cheiro que atraiu a sua atenção. Se seu cãozinho fez isso durante um passeio, ele está investigando a origem de um cheiro específico, pode ser de uma comida, de outro cão, de algum animal para caçar ou simplesmente um odor diferente.

Por outro lado, se seu cão está dentro de casa e levanta uma patinha para você, ele está te chamando para brincar! É hora de pegar sua bolinha preferida, o cabo de guerra ou qualquer outro brinquedo para entreter o seu melhor amigo peludo.

Eles entendem o que você fala

Seu cão é daqueles que basta você falar “passeio” que ele já fica animado a procura da coleira? Assim como já vem correndo ao falar “ração” e se esconde ao falar “veterinário”? Pois é, seu cão consegue entender várias palavras do que você diz! Alguns estudos revelaram que os cães conseguem entender até 89 palavras que seus tutores falam, incluindo seus nomes, comandos, elogios e coisas agradáveis como “comida” ou “passeio”. Além disso, eles conseguem entender gestos e expressões corporais dos humanos para receber bem a mensagem.

No entanto, muitas vezes o seu cão entende principalmente a entonação da voz utilizada. Isso quer dizer que, mesmo que você fale algo que pareça desgradável, mas com uma voz de bebê, ele pode se sentir feliz com aquilo.

Aliás, você já estava falando com seu cão e ele te encarou, inclinou o rosto e parecia que estava te entendendo? Embora muitas vezes ele possa não entender o que você está falando, ele está tentando! O cãozinho pode inclinar a cabeça para tentar compreender melhor o som que está ouvindo, ajustando as orelhas para captar melhor o som. Ou se ele ouviu uma palavra agradável, pode inclinar a cabeça para ter certeza que foi isso mesmo!

Outra tese diz que os cães inclinam a cabeça para enxergar melhor e prestar atenção no seu tutor falando, já que o focinho pode atrapalhar a sua visão, e inclinar pode deixar o rosto do tutor mais aparente para eles. O que importa é que em ambos os casos eles estão ouvindo e prestando atenção. Fofo, né?

Conclusão

Os cães são animais muito inteligentes que não param de nos surpreender, não é? Cada um com suas peculiaridades e comportamentos estranhos. seu cãozinho possui algum comportamento ou hábito diferente? Aliás, você sabia que alguns cães possuem comportamentos específicos por conta da sua raça? Isso se deve ao treino e características herdadas dos seus ancestrais.

Se você quer saber mais curiosidades sobre os pets, confira como os nossos bichinhos enxergam, e também algumas estratégias para lidar com os cães hiperativos.

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Miados noturnos, o que podem ser?

Você já está pronto para dormir, quase pegando no sono, quando começam os picos de energia e os miados que atrapalham o seu precioso descanso. Embora saibamos que nossos gatos não fazem isso por mal, esse hábito pode ser muito incômodo e causar preocupação aos tutores, além de afetar a rotina de sono da família e dos vizinhos. Neste artigo, vamos explorar mais sobre os miados noturnos, o que podem ser, se devemos nos preocupar e o que fazer.

Por que os gatos miam?

Antes de mais nada, vamos entender o que são os miados, independentemente da hora do dia. Os miados dos gatos são sua principal forma de comunicação com os humanos, já que, entre felinos, a linguagem predominante é através da expressão corporal. Isso significa que, se seu gatinho está miando para você, ele está tentando expressar algo ou transmitir uma mensagem.

Aliás, existem diferentes tipos de miados, cada um com seu próprio significado e intenção. Cabe ao tutor ficar atento para compreender o que seu bichano está tentando comunicar.

E os miados noturnos, o que podem ser?

Não existe apenas uma razão para os miados na hora de dormir. O miado noturno tem o mesmo objetivo de qualquer outro miado do gato para o seu tutor: chamar a atenção do seu tutor e expressar desconforto com algo.

Algumas vezes, esses miados são resultado de comportamentos naturais que podem ser resolvidos facilmente. No entanto, é importante sempre ficar atento a outros sinais que possam indicar a necessidade de levar seu bichano ao veterinário.

Miados noturnos o que podem ser

Tédio

Apesar de serem conhecidos por sua preguiça e dormirem até 16 horas por dia, os gatos podem ficar entediados se não receberem estímulos adequados e brincadeiras durante o dia. Isso pode resultar em picos de energia por conta do tédio à noite, quando seu tutor está em casa para brincar com ele.

Com a casa em silêncio, a presença do tutor e os picos de energia por ficarem o dia todo dormindo em casa, os miados podem ser a forma de chamar a atenção do seu dono para uma boa brincadeira.

Para evitar esse pico de energia e os miados atrapalhando o seu sono, reserve um momento no dia para brincar com seu bichano. Os gatos são animais crepusculares, então ao amanhecer ou anoitecer são ótimos períodos para gastar a energia do seu gato e permitir que ele tenha uma noite de sono tranquila, além de deixar você dormir.

Além disso, enriquecer o ambiente do seu gato com tocas, prateleiras, poleiros e brinquedos pode oferecer estímulos para mantê-lo ocupado e gastar energia, e menos propenso a ficar entediado e miar durante a noite.

Carência

Gatos podem ser muito afetuosos e carentes, especialmente quando seus tutores passam longos períodos fora de casa durante o dia, e chegam a noite só para descansar.  O gato pode miar à noite, quando seu tutor está em casa, para chamar sua atenção e receber uma boa sessão de carinhos e ronrons.

Neste caso, não há o que fazer! Acorde e dê muita atenção e carinho para o seu gato se acalmar, você pode até aproveitar o momento para dormir com o peludo.

Fome ou sede

Você consegue dormir sem um lanchinho? Pois é, seu gato também não!

Os gatos são animais que gostam da comida sempre acessível para se alimentarem em pequenas porções durante o dia, e eles podem ir até seu potinho fazer uma boquinha até mesmo de madrugada. O mesmo vale para a água. Se seu gato estiver com fome ou sede e potinhos vazios, ele vai miar para chamar a atenção do seu tutor e ser alimentado.

No entanto, não é ideal levantar de madrugada para alimentar o gato sempre que ele miar, já que pode deixá-lo mal acostumado e manter o hábito de miar à noite. Se a fome ou sede forem os motivos dos miados do seu bichano, tente deixar uma porção de ração e água nos seus potinhos antes de ir para cama.

Caixinha de areia suja

Você se incomoda se for usar o banheiro e não puxaram a descarga? O seu gato também! Só que no caso dele, você deve puxar a descarga para ele todos os dias. Se você esqueceu de fazer isso e ele encontrou alguma sujeira lá durante a sua ida ao banheiro de madrugada, pode ser que ele mie para te avisar que você esqueceu de uma tarefa!

Cio e acasalamento

Se você ouve miados muito altos vindo da rua ou de outras casas de madrugada, esses são os miados que os gatos fazem quando estão acasalando. Esses miados durante o acasalamento são emitidos principalmente pela fêmea, já que a cópula dos felinos é especialmente mais dolorosa para ela.

Durante o cio, os gatos também costumam miar mais, só que dessa vez não é para os humanos. Por conta dos hormônios e necessidade de reprodução, os gatos tendem a ter comportamentos indesejados, como fugas, carência e agressividade. As fêmeas felinas costumam miar para chamar a atenção de machos, enquanto os machos respondem com miados para se aproximar da possível parceira.

Por isso a castração é tão importante para os peludos

Quando devo ficar atento?

Se seu gato começou o hábito de miar excessivamente, especialmente à noite, e você já descartou todas as outras hipóteses, esse pode ser um sinal de dor ou doença.

Gatos são animais que não gostam de demonstrar dor. Por isso, se os miados noturnos são frequentes e sem parar, você deve buscar um médico veterinário com urgência para o bem-estar do seu felino. Um plano de saúde pet é essencial para cobrir qualquer necessidade emergencial.

Junto com os miados noturnos, fique sempre alerta para outros sinais e sintomas que seu pet pode demonstrar para garantir que o veterinário tenha todas as informações possíveis durante a consulta.

Meu Plano Pet

Agora que você já sabe o que podem ser os miados noturnos, compartilhe este post com outras pessoas que podem se incomodar com os miados noturnos dos seus felinos. Para saber mais sobre o universo pet nos siga nas redes sociais e acompanhe outras postagens do nosso blog.

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Qual a diferença entre Leishmaniose, PIF, FIV e FeLV? | Agosto Verde Claro Pet

No mundo pet, o mês de agosto é marcado pelo verde claro, a cor da campanha de conscientização de doenças graves que podem afetar nossos amados pets, principalmente os gatos. Neste artigo, vamos entender quais são essas doenças e qual a diferença entre a leishmaniose, PIF, FIV e FeLV, além de explorar suas causas, sintomas e tratamentos.

Até 2023, o Agosto Verde Claro era o mês de conscientização da leishmaniose, uma zoonose que afeta pessoas e principalmente cães. Mas a partir de 2024, a campanha foi ampliada para incluir a prevenção e conscientização de doenças felinas graves, que afetam principalmente os gatos domésticos.

Qual a diferença entre Leishmaniose, PIF, FIV e FeLV?

Embora as quatro doenças possam afetar os pets, a leishmaniose é mais comum em cães, enquanto as outras três são exclusivas dos gatos. No entanto, em casos raros, a doença também pode afetar os gatos. Além disso, todas as doenças atacam o sistema imunológico dos animais.

Todas as doenças possuem diferentes causas, enquanto a leishmaniose é provocada por um protozoário do gênero leishmania, as doenças felinas são transmitidas por diferentes vírus.

A seguir, vamos conferir qual a diferença entre leishmaniose, PIF, FIV e FeLV e que sinais você deve ficar atento!

Leishmaniose

A leishmaniose é uma infecção parasitária causada por um protozoário do gênero leishmania, que ataca principalmente o sistema imunológico. Sendo uma zoonose, pode ser transmitida de animais para humanos e vice-versa.

É uma doença grave que pode levar o infectado ao óbito, seja ele humano ou animal. Embora afete principalmente cães e humanos, a doença também pode infectar outros mamíferos, como os gatos.

Forma de transmissão

A leishmaniose é transmitida exclusivamente pela picada do mosquito palha fêmea infectado, que pode ingerir o protozoário através do sangue e levar ao próximo hospedeiro.

Quando em contato com o hospedeiro, o protozoário ataca as células responsáveis por proteger o organismo de corpos estranhos e  se multiplica. Ela pode atingir diferentes órgãos e partes do corpo do animal ou pessoa infectada, como fígado, baço e medula óssea.

Sintomas

Existem dois tipos de leishmaniose, mas a manifestação mais comum nos pets é a leishmaniose visceral.

Nos cães, a doença provoca febre, fraqueza, perda de apetite, problemas respiratórios, diarreia, crescimento das unhas, pele descamando e queda de pelos, feridas pelo corpo, orelhas e focinho, e insuficiência renal e hepática. No entanto, como a doença também afeta o sistema imunológico, sintomas de outras doenças afetando todo o corpo podem aparecer.

Os sintomas também podem variar para diferentes espécies que o protozoário ataca. Além disso, por ser uma doença de evolução crônica, a maioria dos animais pode não apresentar sintomas, e o protozoário ataca silenciosamente as células. Por isso, a forma de diagnóstico mais precisa é através de exames laboratoriais.

Prevenção

Atualmente, a vacina da leishmaniose para os cães está suspensa no Brasil pelo Ministério da Agricultura e Pecuária por desvios de conformidade, e a vacinação para humanos ainda não existe. Assim, as principais medidas de prevenção são o combate a proliferação do mosquito, uso de repelentes, coleiras anti-insetos, limpezas e controle dos animais de rua. O mosquito palha utiliza principalmente de matéria orgânica para botar seus ovos, então limpar as áreas residenciais e próximas são essenciais para evitar o contato com o mosquito.

Além disso, não acumular lixo e evitar ambientes que possam estar sujeitos a presença de outros mamíferos que são hospedeiros do protozoário, como marsupiais e roedores, também é uma medida importante de prevenção.

Tratamento

Atualmente, a leishmaniose canina não tem cura. No entanto, o tratamento com medicação indicada por um veterinário pode bloquear o metabolismo e multiplicação do parasita, que embora continue presente no organismo, não vai mais manifestar sintomas e a chance de contágio para outros animais será menor. O tratamento para a leishmaniose é para o resto da vida do pet, que também deve fazer exames de rotina a cada 6 meses. 

PIF (Peritonite infecciosa felina)

A Peritonite Infecciosa Felina, ou PIF, é uma doença viral extremamente perigosa, causada pelo Coronavírus Felino (FCoV). Ela afeta principalmente gatos filhotes, entre 3 meses e 2 anos, e pode afetar também gatos selvagens. A PIF nada mais é do que a mutação do coronavírus comum, que causa sintomas leves, dentro do organismo de gatos com o sistema imunológico suscetível ou imaturo, causando a doença grave.

Enquanto 80% da população mundial de gatos são portadores do coronavírus comum, e o sistema imunológico consegue combater a doença sem problemas, cerca de 1% a 10% dos gatos podem desenvolver a PIF. No entanto, por ser praticamente o mesmo vírus, é difícil diagnosticar se o vírus em um felino se trata da forma inofensiva ou grave.

Quando evolui para a forma que causa PIF, o vírus se multiplica em grande quantidade e afeta o sistema imunológico, causando intensa inflamação, principalmente nos órgãos abdominais e o peritônio, o que dá o nome a doença (peritonite).

Vale ressaltar que, o Coronavírus Felino não é o mesmo responsável pela infecção em humanos, e não é transmissível para outros animais além dos felinos.

Forma de transmissão

A forma de transmissão do Coronavírus Felino ocorre principalmente através do contato com fezes de animais contaminados, e não é transmissível diretamente entre os gatos. Vale ressaltar que o vírus já mutado da PIF não é contagioso, apenas o Coronavírus Felino comum, que está presente no intestino dos felinos, incluindo os que já estão curados e sem sintomas dessa forma da doença.

Geralmente, a maior parte dos contágios acontecem em ambientes com muito gatos, como abrigos e criadouros. O vírus é excretado nas fezes dos gatos infectados e os animais saudáveis podem se infectar pela ingestão ou até mesmo inalação dos vírus presentes nas fezes.

O vírus, após a mutação, perde a capacidade de contágio. Ou seja, a PIF só se desenvolve diretamente no corpo do gato com o vírus, e não é infectado por outros animais com a doença.

Sintomas

Os sintomas da PIF nos felinos dependem da resposta imunológica do organismo com a presença do vírus mutado. A PIF pode se apresentar de duas formas, a úmida (ou efusiva) ou a seca (não efusiva).

Ambas as formas apresentam alguns sintomas parecidos, como febre, perda de apetite, emagrecimento, diarreia e apatia. Na forma úmida, ocorre o acúmulo de líquido na região abdominal e inflamação nas vísceras, causando o aumento do abdômen, letargia, dificuldade para respirar e olhos e gengivas amarelados.

Enquanto na forma seca, podem ocorrer alterações neurológicas, insuficiência renal, inflamação ocular e crônica. No entanto, os sintomas costumam ser muito variados, além de serem leves ou não perceptíveis na fase inicial da doença.

Prevenção

Evitar a superlotação de gatos e manter uma boa higiene são medidas preventivas importantes. Evitar as fugas e saidinhas dos gatos também é uma medida para evitar o contato acidental do felino com as fezes de outros animais nas ruas.

Como a PIF pode ocorrer por uma imunidade debilitada, reduzir o estresse do felino é uma medida preventiva ideal, assim como garantir sempre um ambiente limpo e a troca periódica da caixinha de areia. 

Atualmente, não existe vacina eficaz no mercado, então o controle ambiental e o manejo adequado são cruciais para a sua prevenção

Tratamento

Até pouco tempo, a PIF era praticamente uma sentença de morte aos gatinhos, e o tratamento consistia no alívio de sintomas e melhora da qualidade de vida do felino.

Atualmente, já existem medicamentos direcionados exclusivamente para o tratamento da PIF, chamado de GS-441524. O medicamento interfere na capacidade do vírus se reproduzir, bloqueando a sua multiplicação e permitindo ao sistema imunológico combater a infecção.

No entanto, outros medicamentos e tratamentos são necessários para combater os sintomas da PIF, como a anemia e o acúmulo de fluidos.

Enquanto a leishmaniose afeta mais os cães, a PIF, FIV e FeLV são exclusivas dos gatos

FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina)

A FIV é um vírus equivalente ao HIV para os gatos, que ataca diretamente e suprime o sistema imunológico dos felinos. Assim como o HIV para os humanos, a FIV pode acarretar na Síndrome de Deficiência Imunológica, a AIDS, e possui sintomas semelhantes.

Embora a semelhança com o HIV, a FIV não é zoonótica, ou seja, é um vírus completamente diferente que não é transmissível para os humanos ou outras espécies, e afeta somente os gatos.

Forma de transmissão

Ao contrário dos humanos, a FIV não é transmitida através de relações sexuais, e sim por mordidas profundas, onde o vírus é passado pela saliva de um gato infectado para o outro. A FIV é comumente transmitida durante brigas entre gatos, sendo mais frequentes em gatos não castrados e com acesso a rua.

Além disso, a transmissão também pode ocorrer de mães para filhotes.

Sintomas

Os primeiros sintomas geralmente são febre e a diminuição dos neutrófilos no sangue, as primeiras células responsáveis pela proteção do organismo. Assim como o aumento de linfonodos, estrutura que funciona como filtro para substâncias nocivas. Após essa fase inicial, o gato pode passar um período assintomático que pode durar um tempo variável.

No entanto, após alguns meses, ocorre uma queda significativa na imunidade do felino, de forma semelhante ao que acontece com a AIDS em seres humanos.

Após o enfraquecimento do sistema imunológico podem ocorrer infecções oportunistas, secundárias e doenças crônicas, além de diversos outros sintomas, como febre, perda de apetite, gengivite, infecções respiratórias e perda de peso. Outros sinais incluem diarreia crônica, doença de pele e problemas dentários.

Prevenção

A melhor forma de prevenção para a FIV é evitar o acesso dos felinos às ruas, o que pode evitar a ocorrência de brigas e disputa por territórios, diminuindo as chances de transmissão do vírus. A castração pode ajudar a reduzir os comportamentos agressivos e de marcação territorial. 

As caixas de areia e comedouros compartilhados devem ser limpos com água e detergente, que matam o vírus. Manter os ambientes e os pets sob supervisão para evitar brigas também pode diminuir o risco de transmissão.

Além disso, se uma fêmea com FIV ficar prenha, é recomendado que ela não amamente seus filhotes para diminuir o risco de infecção.

Tratamento

Atualmente, não há cura para a FIV. Os cuidados incluem manter o gato saudável e monitorado para possíveis infecções oportunistas e secundárias. Além disso, podem ser recomendados antivirais e imunomoduladores para melhorar o sistema imunológico do gato.

Embora não possua cura, com tratamentos para as doenças secundárias, dieta balanceada e cuidados veterinários regulares, um gato com FIV pode viver muitos anos com qualidade de vida.

FeLV (Leucemia Felina)

A FeLV, ou leucemia felina, é uma doença infecciosa que diminui de forma progressiva os linfócitos sanguíneos, enfraquecendo o sistema imunológico dos gatos. Isso os torna mais suscetíveis a outras infecções e doenças, incluindo o câncer.

Ao contrário da FIV, a FeLV pode ser transmitida de várias maneiras além das brigas, e afeta de forma ainda mais grave a saúde dos felinos.

Forma de transmissão

A FeLV é transmitida principalmente através do contato com secreções de gatos infectados, como a saliva, secreções nasais, urina, fezes e o leite materno. Assim como a FIV, a FeLV também pode ser transmitida durante brigas entre os felinos, no entanto, ela também pode ser transmitida durante troca de lambeduras e o compartilhamento de vasilhas de comida e água, que ficam infectados com a saliva.

A utilização da mesma caixa de areia também pode causar a infecção do vírus. Assim como a amamentação de mães com o vírus para seus filhotes.

Após a transmissão, alguns gatos podem ter apenas os sintomas iniciais e eliminar o vírus, outros conseguem eliminar após uma infecção, mas sem ser persistente. No entanto, existem casos onde o sistema imunológico não consegue eliminar o vírus, causando a supressão do sistema imunológico.

Sintomas

Os sintomas da FeLV podem variar dependendo da fase da infecção e de doenças secundárias que o vírus pode causar por conta da supressão imunológica. No estágio inicial, podem ocorrer febre leve, letargia, perda de apetite e, assim como com a FIV, o aumento dos linfonodos.

Se o sistema imunológico do gato conseguir suprimir o vírus, os sintomas serão os mesmos até a sua eliminação ou ele será assintomático. No entanto, se a infecção for persistente, sintomas mais graves podem ocorrer conforme a infecção progride.

Com a infecção persistente, a supressão do sistema imunológico e disseminação do vírus pelo corpo causa sintomas mais graves ao longo do tempo, como febre, anemia, perda de peso, fraqueza, infecções respiratórias, gengivite, diarreia, vômitos, distúrbios neurológicos e de pele.

Como a doença afeta os tecidos linfoides, ela está relacionada a vários tipos de tumores malignos, como linfomas e leucemias, assim como uma variedade de doenças secundárias devido a imunossupressão.

Prevenção

A melhor forma de prevenção contra a FeLV, atualmente, é a vacinação. Geralmente, a vacina contra a FeLV está inclusa na chamada vacina quíntupla felina. No entanto, não são todos os gatos que têm indicação para receber essa vacinação, e na maioria são administradas apenas a tríplice ou quádrupla.

Por conta disso, manter os gatos em ambientes internos e evitar o contato com gatos desconhecidos é a melhor forma de prevenção para animais não vacinados. Já que, além das brigas, a transmissão da FeLV pode ocorrer por por lambidas e compartilhamento de vasilhas.

Além disso, a separação de gatos infectados de gatos não infectados, assim como evitar o compartilhamento de itens e a higiene constante são medidas essenciais para controlar a disseminação do vírus. Os testes regulares para FeLV em animais propícios também é ideal para o controle precoce da doença.

Tratamento

Se a forma da doença for persistente, infelizmente, a FeLV não tem cura. O tratamento inclui o cuidado regular, suporte nutricional e o tratamento de infecções secundárias para prolongar a vida e melhorar a qualidade de vida do bichano.

Muitas vezes, o veterinário pode indicar medicamentos antivirais e imunomoduladores para fortalecer o sistema imunológico e controlar a progressão da doença. No caso de linfomas e tumores, o veterinário pode indicar quimioterapias e antibióticos.

Conclusão

Neste Agosto Verde Claro, exploramos as diferenças entre a leishmaniose, PIF, FIV e FeLV. Não esqueça que, se você notar um sintoma diferente ou comportamento no seu pet, seja cão ou gato, é essencial buscar o auxílio de um veterinário para o tratamento adequado. Nunca tente medicar seu pet em casa, principalmente com remédio para humanos.

É importante entender que essas doenças, além de comprometer a saúde dos pets, também necessitam de medidas preventivas, vacinação, controle ambiental e principalmente cuidados veterinários regulares. Com conscientização e ações preventivas, podemos proteger nossos animais de estimação que são membros importantes da nossa família.

Plano de Saúde Pet

Você sabia que os pets também podem ter plano de saúde? Alguns planos, como as coberturas mais completas do Meu Plano Pet cobrem todos os procedimentos veterinários, incluindo castração, vacinação e exames laboratoriais, para garantir que seu pet tenha uma vida feliz e saudável do seu lado! 

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Dia do SRD: Dicas para Adaptação de Cães Resgatados

Adotar um novo cãozinho é um momento de muita alegria e amor, e a gente não cansa de falar sobre a importância de adotar um cão Sem Raça Definida (SRD). O dia 31 de julho é o Dia do SRD, isso significa que é a oportunidade perfeita para dar dicas para adaptação de cães resgatados.

Embora sejam os queridinhos do Brasil, ocupando mais de 40% dos lares com pets, os cães SRD também são os que mais sofrem. Eles são os animais mais comuns em abrigos e nas ruas, muitos deles vítimas de abandono e maus-tratos ao longo de suas vidas. Por isso, adotar um cão resgatado é um ato de amor e solidariedade, oferecendo a ele uma nova chance de uma vida digna em um lar repleto de amor, carinho e afeto.

Por que precisam de adaptação?

Primeiramente, é importante compreender que todo animal, ao chegar em um novo lar, necessita de um período de adaptação, independente de sua espécie, raça, idade ou origem. No entanto, os cães resgatados das ruas ou que vivem em abrigos carregam consigo traumas e cargas extras de emoções. Muitos foram vítimas de maus-tratos, abandono ou sobreviveram em condições precárias antes de serem resgatados.

Esses cães frequentemente apresentam sintomas comportamentais diversos, como agressividade, ansiedade, choro constante, medo e comportamentos destrutivos, reflexo direto das experiências traumáticas vividas. É importante entender que esses comportamentos não refletem sua natureza, e é um reflexo dos momentos que ele está vivendo.

Diante disso, vamos às dicas especiais para a adaptação de pets resgatados.

Primeiros passos

Antes de tudo, busque as recomendações veterinárias necessárias para garantir a saúde no novo membro da família. Muitos cães resgatados em abrigos já chegam com carteirinha de vacinação em dia e castrados. Certifique-se de seguir o calendário das vacinações e continuar a imunização do seu novo companheiro peludo.

No entanto, caso não haja informações sobre a vacinação anterior do cãozinho é importante levá-lo para as primeiras vacinas e administrar a imunização. Também é importante consultar com um veterinário para realizar exames médicos completos, incluindo o agendamento para castração. Alguns animais resgatados podem apresentar cicatrizes e ferimentos de suas vidas anteriores nas ruas, exigindo cuidados adicionais. 

Nessa fase também é importante verificar a vermifugação e o cuidado com parasitas, como pulgas e carrapatos.

A maioria dos cães em abrigos já têm um nome, mas se o seu novo amigo ainda não foi batizado, escolher um nome é um passo importante. Isso ajuda o cão a reconhecer quando é chamado e fortalece o vínculo entre vocês.

Preparação do lar

É hora de preparar a casa para receber seu novo amigo peludo. Separe um local para a caminha ou casinha do cachorro, o animal deve ter seu próprio espaço. Além disso, verifique a segurança do ambiente, pois alguns cães podem ser curiosos e energéticos, se envolvendo em situações perigosas, como roer tomadas, fios elétricos soltos, revirar o lixo ou até ingerir produtos tóxicos ou medicamentos.

Defina as áreas para bebedouro, comedouro e tapete higiênico. É sempre importante ressaltar que os animais não gostam de dormir, comer ou beber perto de onde fazem as necessidades.

O cão resgatado, muitas vezes, necessita de uma atenção especial no seu espaço. Se ele veio de um abrigo, pode estar acostumado a espaços restritos, e levá-lo logo para um local muito amplo pode ser intimidador para ele. Por isso, é recomendável iniciar com um espaço reduzido e expandir gradualmente, não deixando o peludo ficar perdido. Assim ele tem fácil acesso a água, comida, tapetinho higiênico, cama e brinquedos. Isso facilita também o treinamento para fazer as necessidades no local adequado.

Se o cão foi resgatado das ruas, pode estar acostumado a espaços mais amplos, mas também pode ter o instinto de explorar e tentar escapar. Mantenha a casa fechada e o cãozinho em um espaço restrito para ajudá-lo a entender que agora a saída para a rua é apenas para passeios.

Para ajudar o cão a se sentir confortável, ofereça brinquedos adequados. Muitos abrigos já fornecem paninhos e brinquedos com o cheiro do ambiente anterior para facilitar a adaptação do cão ao novo lar. Caso não seja possível, escolha pelúcias e brinquedos confortáveis que proporcionem aconchego, simulando a presença de outros animais.

Ofereça amor e ganhe confiança

Dia do SRD Dicas para Adaptação de Cães Resgatado

Muitos cães resgatados têm medo dos humanos ou outros animais, e podem não se comportar bem nos primeiros dias em seu novo lar. Você deve mostrar para o cãozinho que você não vai maltratá-lo e tentar ganhar a sua confiança gradualmente, nada de tentar agarrá-lo toda hora.

Ofereça petiscos, estenda a mão para acariciá-lo e permita que ele aceite seu carinho voluntariamente. Deixe-o explorar e conhecer o novo ambiente por conta própria, sempre com supervisão. Paciência é a chave! 

Enquanto cães filhotes se adaptam mais facilmente, se você adotou um cão já adulto, pode levar meses para que ele se sinta completamente à vontade em seu novo lar.

Uma rotina é essencial

Crie uma rotina consistente para seu pet, com horários definidos para passeios, alimentação, carinhos e brincadeiras, sempre respeitando o conforto do animal para participar dessas atividades. Isso não só ajuda a acalmar a ansiedade do pet, mas também facilita o aprendizado de colocar a coleira e obedecer ao tutor.

Além disso, invista em estratégias de enriquecimento ambiental para acostumar seu pet a se adaptar quando você estiver ausente. Como ele está passando por um período de adaptação, é natural que sinta ansiedade ao ficar sozinho em um ambiente novo. No período de adaptação, é crucial que o pet fique em um ambiente reduzido quando precisa ficar sozinho.

Os petiscos podem ser uma ferramenta eficaz para ensinar novos comandos ao seu cãozinho, assim como para incentivá-lo a não latir em momentos inapropriados ou a fazer as necessidades no lugar certo. É essencial ressaltar que nunca se deve recorrer à violência física ou verbal com seu novo pet. Ele já enfrentou traumas e abandono, e demonstrar impaciência ou irritação pode prejudicar sua adaptação e o vínculo com seu novo tutor.

Ofereça a alimentação certa

Muitos animais resgatados sobreviveram nas ruas se alimentando apenas de restos de comida, lixo revirado ou até caçando pequenos animais, o que não é adequado e pode resultar em deficiências de vitaminas e nutrientes essenciais para os peludos. Agora que ele vive com você, é hora de oferecer a alimentação adequada. Procure por rações adequadas ao porte e à idade do seu novo amigo peludo. Você também pode oferecer petiscos de forma moderada, o que aumenta a confiança do cãozinho com você.

Contrate um plano de saúde pet

Um plano de saúde pet pode oferecer tudo que seu cãozinho precisa para se adaptar melhor à nova casa. Consultas veterinárias regulares são essenciais para qualquer pet, e um plano pode ajudar a economizar. Além disso, um plano pet cobre serviços como castração, vacinação, exames de imagem e laboratório, atendimento de urgência e emergência e até mesmo limpeza dentária, garantindo uma vida longa e saudável para seu pet. 

Alguns planos, como os pacotes do Meu Plano Pet, também oferecem descontos e benefícios exclusivos para diversos serviços que podem ajudar na adaptação do seu novo peludo, como adestramento e agropecuária.

Siga outras dicas de adaptação do nosso blog

Se você tem dúvidas sobre a adaptação de animais em sua nova casa, você pode procurar no nosso blog e conferir tudo sobre o universo pet. Aqui vai uma lista de artigos que falam sobre a adaptação de animais e pode te ajudar a cuidar do seu novo peludo:

Conclusão

Adotar um cão Sem Raça Definida (SRD) não apenas traz alegria para um lar, mas também oferece uma segunda chance de vida a um animal que pode ter enfrentado grandes desafios. A adaptação de um cão resgatado requer paciência, amor e compreensão, pois muitos chegam com traumas emocionais provenientes de experiências anteriores. Além disso, criar um ambiente seguro, introduzir uma rotina estável e oferecer cuidados veterinários adequados são passos essenciais para ajudar esses pets a se sentirem seguros e amados em seu novo lar. Com tempo e dedicação, cada passo dado na adaptação fortalece o vínculo entre o tutor e seu fiel amigo, proporcionando uma vida feliz e saudável juntos.

Meu Plano Pet

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Ignora os donos? Tem medo de pepino? Compreendendo alguns comportamentos felinos

Você é tutor de gato? Então sabe que esses animais despertam muita curiosidade por seu comportamento peculiar e, muitas vezes, inusitado. Os felinos têm o dom de nos surpreender, e  a cada dia parece que descobrimos algo novo sobre eles, seja através de vídeos na internet ou suas próprias atitudes em casa. Então, se você quer saber se o gato ignora seu dono, se ele realmente tem medo de pepino ou porque eles trazem animais mortos como presente, continue a leitura e vamos explorar alguns comportamentos felinos.

Medo de pepino

Os vídeos dos gatos com medo de pepino sempre fazem sucesso nas redes sociais. E parece que eles realmente sentem medo por esse vegetal. Mas o que realmente acontece aqui?

Na maioria dos casos, os gatos estão se alimentando tranquilamente quando um pepino é silenciosamente posicionado por trás deles. Os gatos passam a maior parte do tempo alertas contra predadores e ameaças, mas relaxam durante a alimentação.

Por isso que, nesses momentos, eles podem se assustar facilmente com o pepino, que devido à sua cor verde e formato comprido, pode ser confundido com uma cobra. Isso ativa um reflexo natural dos gatos, resultando no clássico pulo e arrepio felino, seguido pela tentativa de se afastar do local e reavaliar a situação.

É importante ressaltar que, embora possa parecer engraçado, essa brincadeira não é saudável para os gatos. Pode causar estresse, deixá-los ariscos e até mesmo criar traumas associados ao momento da refeição. Para interagir com seu gato de maneira saudável e divertida, opte por brincadeiras e brinquedos que estimulem positivamente, como varinhas, bolinhas ou até mesmo caixas de papelão

Ignoram os donos

Sim, os gatos realmente ignoram os seus tutores, e até escolhem os momentos que querem fazer isso. Alguns estudos mostram que os felinos reconhecem o chamado dos seus donos e ignoram propositalmente se associarem o chamado a algo desagradável, como ser pego no colo contra sua vontade, uma visita ao veterinário ou tomar um medicamento.

Por outro lado, eles respondem positivamente quando sentem que serão agradados, como para receber carinho ou petiscos. Os gatos também sentem mais confiança quando o tutor usa uma voz carinhosa, como a “voz de bebê”.

Além disso, os momentos de sono são sagrados para eles, e interrompê-los pode resultar em uma resposta de indiferença simplesmente por que estão preguiçosos.

Contato visual piscando lentamente

Quando um gato pisca lentamente para você, é um sinal que se sente confortável e seguro em sua presença. É como se estivesse sorrindo para você.

Imagine o seguinte: na natureza, olhar diretamente nos olhos de outro animal pode ser visto como uma ameaça ou desafio. Fechar os olhos perto de outro animal é um risco de levar um ataque surpresa.

Se o seu gato está olhando para você e piscando lentamente, significa que ele confia em você e sabe que você não representa uma ameaça para ele, e vice-versa. Mais interessante ainda, você pode retribuir piscando lentamente para seu gato, o que é uma forma de demonstrar confiança e amor. 

Um fato curioso é que, se você iniciar esse comportamento e piscar lentamente enquanto olha para seu gato, ele pode começar a imitar você.

Acariciando a água

Você já observou seu gato, na hora de se hidratar, dando alguns tapinhas ou carícias no potinho de água antes de beber? Esse comportamento peculiar tem algumas explicações interessantes.

Primeiro, os gatos são animais naturalmente desconfiados e exigentes com a comida e a água que consomem. Por isso preferem água em movimento, como a de rios ou córregos, por serem mais frescas e menos propensas a contaminação. Como o potinho de água está parado, alguns gatos batem na água para mantê-la em movimento, tornando-a mais atraente para beber. Outro motivo é por preferirem água fresca e gelada, e podem usar a pata para testar a temperatura do líquido antes de se hidratar, garantindo que ela esteja agradável.

Além disso, os gatos são animais curiosos que adoram explorar. Às vezes, eles brincam com a água, dando alguns toquinhos para observar as ondas e se divertirem com o líquido.

Se seu gato dá alguns toquinhos na água, mas se recusa a beber, pode ser que ele não considere a água adequada. Considere trocar sua tigela por alguma que não acumule odores ou optar por fontes com água corrente, que são mais atrativas aos felinos. 

Dormem na pia, na gaveta ou em lugares inusitados

Compreendendo alguns comportamentos felinos / Gato dormindo na pia

Apesar de você oferecer uma caminha quente, confortável e com mantinhas, é comum encontrar seu gato dormindo em lugares inusitados, como gavetas, na pia do banheiro ou até mesmo em caixas de papelão.

Na realidade, os gatos preferem locais onde possam se encaixar perfeitamente, como espaços estreitos, compactos, pequenos e apertados, que lembram as tocas naturais ou o ninho onde dormiam quando eram filhotes. Esses lugares proporcionam sensação de refúgio e segurança, ideais para um sono tranquilo.

Alguns desses locais têm explicações adicionais: se seu gato gosta de dormir na pia de cerâmica, pode ser porque o material mais gelado seja um local reconfortante para escapar do calor em dias mais quentes. Já se ele prefere a gaveta, está procurando um local quente e seguro que também transmita o cheiro reconfortante dos tutores, dando a sensação de conforto. Dormir na gaveta também pode ser uma forma de marcar seu território nas roupas dos humanos.

Além disso, os felinos adoram um local quentinho, o que explica por que frequentemente escolhem dormir em cima do computador ou se aconchegar debaixo das cobertas.

Passando entre as pernas

Quando você chega em casa e seu gato vem te receber passando entre suas pernas e ronronando, é um sinal claro de amor, afeto e confiança. Ele está buscando carinho e se acariciando em suas pernas. No entanto, esse comportamento vai além: os felinos estão literalmente marcando você como território.

Os gatos possuem glândulas de feromônios nos lábios, queixos, costas, patas, bigodes e bochechas. Ao se esfregar em você e nos móveis, eles liberam esses feromônios, marcando o ambiente como seguro e familiar, e também que “lhes-pertence”. Isso demonstra que ele te aceita como parte do seu grupo social, ao mesmo tempo em que avisa a outros felinos desconhecidos para manterem distância.

Esse comportamento não apenas fortalece o vínculo entre vocês, mas também é uma forma de comunicação instintiva e essencial para os gatos na interação social.

Lamber o cabelo do tutor

Seu gato já parou para lamber sua pele, ou até mesmo subiu no sofá ou em seus ombros para lamber seu cabelo? Nesse caso, ele está te “dando banho”. Um fato curioso: os gatos costumam lamber e limpar apenas outros gatos, então se ele faz isso com você, é como se te visse como um gato gigante da mesma família.

Esse comportamento é um sinal claro de amor, afeto e parceria, algo que os gatos aprendem desde filhotes. Na ninhada, a mãe costuma lamber os filhotes para limpá-los e remover resíduos até que aprendam a se cuidar sozinhos. Na vida adulta, os gatos frequentemente lambem uns aos outros para trocar carícias e ajudar na limpeza, e isso pode se estender ao tutor também.

Amassam “pãozinho”

Alguns felinos têm o hábito encantador de amassar “pãozinho” em cobertores, travesseiros, caminhas ou até mesmo no colo do dono. Esse movimento rítmico de abrir e fechar as patinhas nas superfícies, como se afofassem o local, é conhecido assim por parecer que estão amassando pão, semelhante aos padeiros, e há várias razões por trás desse comportamento. Geralmente, os gatos fazem isso quando estão se sentindo relaxados e confortáveis.

Eles amassam pãozinho para preparar o local onde vão dormir, seja um travesseiro macio, cobertor quentinho, colo do dono ou até mesmo uma graminha. Outro motivo é que esse movimento é originário dos tempos de filhote, quando amassam a barriga da mãe para estimular a produção de leite, se sentir confortáveis e fortalecer o vínculo com ela. Esse hábito pode continuar na vida adulta, direcionado ao tutor ou ao local de descanso preferido.

Além disso, ao amassar pãozinho, os gatos também secretam feromônios através das glândulas presentes nos coxins (almofadinhas) das patas, o que ajuda a marcar território e sentir-se mais seguro no ambiente.

Ronronar

Os ronrons são uma forma fascinante de comunicação dos felinos, e isso não é exclusivo dos gatos domesticados, já que muitos felinos selvagens e caçadores também utilizam dessa forma de interação, como a onça-parda, o guepardo e o lince.

Apesar de diferentes espécies e tamanhos, todos os felinos que ronronam fazem isso por motivos semelhantes: comunicar conforto, afeto e vínculo social, além de expressar contentamento e felicidade. 

Embora na maioria das vezes o ronrom seja um sinal positivo, em algumas situações pode estar associado a estresse ou até mesmo doença. Se você quer saber mais sobre o ronronar dos gatos, pode conferir no nosso artigo “A Ciência por Trás do Ronronar: Entendendo o Comportamento Felino” .

Correr de um lado para o outro

Seu gato às vezes fica “louco” e corre de um lado para o outro sem motivo aparente? Esse comportamento geralmente indica que o felino está com muita energia acumulada, principalmente durante a noite, quando naturalmente estaria caçando.

Essa atividade pode ser um sinal de tédio ou da necessidade de estimular seus instintos naturais de caça e movimento. Proporcionar um ambiente enriquecido e brinquedos adequados, como varetas e bolinhas, pode ajudar a manter seu gato entretido durante o dia e reduzir esses períodos de loucura.

Outras vezes, o comportamento frenético pode ser desencadeado por algum estímulo repentino que desperte a curiosidade do gato. Os felinos possuem sentidos muito aguçados como visão, olfato e audição, e muitas coisas podem provocar o instinto caçador e curioso do felino, mesmo que não sejam perceptíveis para nós.

Se seu gato for muito agitado, é importante procurar algumas estratégias para acalmá-lo, ou até mesmo buscar um veterinário para consultar o motivo. 

“Presentear” o dono

Você já acordou e se deparou com um ratinho, barata ou até um passarinho morto deixado pelo seu gato? Os gatos são caçadores por natureza, e isso está profundamente enraizado em seu DNA. Mesmo com uma tigela de ração cheia e nutritiva, é instintivo para eles caçar aves, insetos, roedores e lagartos que se aproximam.

Na maioria das vezes, os gatos devoram suas presas, mas às vezes eles gostam de compartilhar o momento com sua família, um reflexo de quando eram filhotes e as mães levavam a caça para eles. Então, pode ser que seu felino te traga alguns presentinhos para te ensinar a caçar, compartilhar o troféu com você ou até por que ele acha que você está precisando se alimentar melhor.

Outro motivo é que, os gatos gostam de comer em porções fracionadas ao longo do dia dia. Então eles podem levar suas presas mortas para locais seguros, como sua casa ou cama, para consumi-las aos poucos. Lembre-se que a casa também é dele!

Se seu gato trouxer uma presa para você, é a forma dele demonstrar afeto e compartilhar sua conquista. No entanto, é importante descartar sua presa adequadamente, preferencialmente no lixo, para evitar que o gato a reencontre e a traga de volta para casa. Além disso, é fundamental manter o gato com visitas regulares ao veterinário para verificar se não há parasitas ou doenças associadas à caça.

Conclusão

Em suma, os comportamentos peculiares e curiosos dos gatos domésticos são reflexos de sua natureza instintiva e da forma como interpretam o ambiente ao seu redor. Desde o medo do pepino até o ato de ignorar os donos ou trazer presentes de caça, cada ação revela sobre seu estado emocional e necessidades naturais.

Compreender esses comportamentos é essencial para melhorar nosso entendimento dos felinos, promovendo seu bem-estar e conforto. Além disso, essa compreensão nos aproxima e fortalece os laços de confiança e afeto mútuo.

Além disso, os gatos são mestres na linguagem corporal, e entender essas formas de comunicação pode nos ajudar a criar um ambiente mais seguro e estimulante para eles. 

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Como ensinar seu pet a fazer as necessidades no lugar certo

Uma das principais preocupações para tutores de primeira viagem é a hora de ensinar seus novos companheiros a fazer as necessidades no lugar certo. Afinal, evitar surpresas desagradáveis ou até mesmo pisar em uma sujeira dentro de casa é uma prioridade. Essa tarefa, embora demande paciência, não é um bicho de sete cabeças. É totalmente possível ensinar seu cãozinho ou gatinho a fazer as necessidades no local certo e manter sua casa limpa e cheirosa. Então, se você está lidando com um novo peludo em casa, antes de se preocupar, dê uma olhada nesse artigo e descubra como ensinar seu pet a fazer as necessidades no lugar certo.

Antes de tudo, é importante destacar que a fase ideal para introduzir o uso da caixinha de areia e do tapete higiênico é quando os pets ainda são filhotes. Os cãezinhos e gatinhos, antes de completar um ano de idade, estão em uma fase de aprendizado mais receptiva. Contudo, isso não significa que animais adultos, ou até mesmo idosos, não possam aprender hábitos adequados e as regras da casa.

Escolha um local e material adequado

Para que seu pet faça as necessidades no lugar certo, é essencial que o local seja adequado para ele.

Gatos, desde filhotes, têm o instinto de enterrar seus resíduos e naturalmente procurarão um local para isso. Para eles, é necessário uma caixinha de areia do tamanho apropriado, com um material que apreciem.

Geralmente, os gatos preferem areia fina, de rápida absorção e que neutralizam o odor. Por serem muito higiênicos, esse material também é ideal para não sujar suas patinhas. No entanto, cada animal é único, e alguns podem ter preferências por areias mais grossas ou granulados higiênicos. Explore as opções disponíveis e observe qual é mais confortável para o seu gato, levando em conta suas preferências e necessidades. Lembre-se de sempre adquirir materiais específicos para pets. 

É recomendado ter uma caixa de areia a mais do que o número de gatos na casa. Por exemplo, se você tem um gato, tenha duas caixas de areia; se tiver dois, tenha três, e assim por diante. As caixas devem estar distribuídas em locais diferentes e reservados.

Cuidados que você deve ter com pets filhotes
Cuidados que você deve ter com pets filhotes

os cães geralmente buscam locais que absorvam a urina, a menos que estejam marcando território. Para eles, o ideal é um tapetinho higiênico próprio para cães, nada de utilizar jornais! Esses materiais são absorventes e, muitas vezes, têm odores atrativos para os cães fazerem as necessidades, facilitando o aprendizado.

O local também é importante

Tanto para cães quanto para gatos, o local do banheiro deve ser reservado. Os animais, principalmente gatos, se sentem vulneráveis ao fazer as necessidades, e preferem fazer isso em um local mais tranquilo e sem movimentação. Os pets também têm preferência por manter o local onde comem, bebem água e dormem separado do local onde fazem suas necessidades. Portanto, esses espaços devem ser distintos e afastados um  do outro.

Cães também podem ser treinados a fazer suas necessidades apenas fora de casa ou em uma área específica do quintal, sem a necessidade do tapete higiênico. Muitos animais também se acostumam a fazer as necessidades durante os passeios.

Rotina e horários 

Os pets também seguem rotinas diárias, então você precisa dedicar um tempo para acompanhar os hábitos do seu pet e direcioná-lo adequadamente ao local de fazer as necessidades. Os cães costumam criar o hábito de sempre fazer as necessidades em horários específicos, então ao observar e identificar esses momentos, você pode saber a hora de guiá-lo ao local correto.

Alguns pets costumam se aliviar logo após acordar, comer ou quando o tutor retorna para a casa. Então esse pode ser o momento ideal para levá-lo ao banheiro. Manter consistência nessa rotina é essencial para o treinamento adequado.

Se você prefere que seu pet faça as necessidades durante os passeios, é importante sempre levá-lo para fora nos horários apropriados e manter a rotina e consistência de horário todos os dias.

Gatos também possuem o mesmo hábito, mas se a caixinha de areia estiver disponível, eles tenderão a usá-la naturalmente. No entanto, você também pode usar a mesma tática e levar seu felino ao local correto e observar se está usando a caixa de areia adequadamente.

Recompensas

Seu pet usou o tapetinho higiênico de forma correta? Até mesmo se locomoveu até lá sozinho? Perfeito! Elogie e recompense seu cão sempre que ele fizer as necessidades no lugar certo. Você pode oferecer petiscos, brinquedos e carinho para reforçar o comportamento desejado. Gatos em fase de aprendizado também podem ser incentivados com recompensas ou petiscos ao usar a caixinha de areia e enterrar seus dejetos.

É importante reforçar o comportamento correto, e não punir o incorreto. Se seu cão ou gato fizer as necessidades em um local inadequado, brigar, usar violência ou esfregar o focinho do animal no local pode prejudicar o vínculo, deixar o pet com medo e causar problemas de saúde física e mental.

Limpeza

Uma estratégia essencial para evitar que seu cão faça as necessidades novamente em local inadequado é garantir a limpeza adequada do ambiente onde ele já as fez. Os cães naturalmente buscam locais com odores de xixi e cocô para fazer as necessidades e marcar o território, e eles possuem olfato aguçado para identificar esses locais.

Isso significa que, se um cão fizer as necessidades em um determinado local, e o ambiente não for limpo e o odor não for eliminado, ele continuará usando esse local! Então, ao perceber que seu cão fez necessidades em um lugar indesejado, limpe minuciosamente o local e utilize produtos como removedores de odores. Você também pode utilizar os educadores sanitários para incentivá-lo a usar o lugar certo.

Também troque os tapetes higiênicos regularmente por novos.

Gatos são ainda mais exigentes em questão de limpeza, se a caixinha de areia não estiver bem limpa, eles podem se recusar a usá-la. Então, ao final do dia após o felino usar o banheiro, é hora de puxar a descarga. Limpe a caixa de areia diariamente, removendo todos os resíduos presentes. Além disso, troque a areia toda por uma nova ao menos uma vez por semana, garantindo um ambiente fresco, limpo e atraente para o seu felino.

Supervisão

Quando um cão ou gato chega na sua nova casa, ele ainda está se adaptando ao ambiente novo onde vai viver. Isso significa que eles ainda estão aprendendo onde vão dormir, comer, beber água e usar o banheiro. Com o tempo, eles exploram o local e se adaptam, mas nos primeiros dias é necessário supervisioná-los para garantir que usem o local apropriado para fazer as necessidades. Apresente as caixinhas de areia ao seu gatinho e o tapetinho higiênico ao seu cãozinho, e observe quando eles precisarem fazer suas necessidades para evitar que façam em lugares inadequados.

Gatos geralmente já aprendem a usar a caixinha de areia quando têm cerca de 4 semanas de idade, enquanto ainda estão na ninhada com seus pais e irmãos. Por outro lado, cães muitas vezes podem não estar familiarizados com o conceito de usar o banheiro corretamente, e necessitam mais da supervisão.

Se você não puder supervisionar seu cão e ele precisa ficar sozinho, como quando você sai de casa para trabalhar, mantenha-o em uma área restrita com acesso ao seu tapetinho higiênico. Dessa forma, ele não terá outra opção senão usar o tapetinho, além de evitar a presença de xixi ou cocô nos móveis e tapetes da casa.

Castração

Os animais possuem instintos naturais de marcar o território e procurar parceiros para reprodução, comportamentos que podem ser reduzidos através da castração. Animais castrados têm menos tendência de marcar território, o que pode ajudar a diminuir o comportamento de urinar em locais inadequados. Esse  comportamento não é exclusivo dos cães. Gatos também marcam território, principalmente quando há outros gatos na casa ou na vizinhança, o que pode resultar em competição por comida e parceiros sexuais.

Além disso, alguns animais utilizam a urina para comunicar sinais de prontidão para a reprodução. Um comportamento que pode ser evitado pela castração, já que elimina o desejo de reprodução e, consequentemente, a necessidade de procurar parceiros.

A castração também pode contribuir para reduzir a agressividade, a ansiedade e o estresse, sejam cães ou gatos. Isso facilita o treinamento de higiene e aumenta a disposição do animal para usar a área designada para suas necessidades.

Com um plano de saúde pet, seu companheiro peludo pode usufruir de uma série de coberturas e benefícios, que abrangem desde castração até a limpeza dentária. Além disso, alguns planos oferecem descontos exclusivos em serviços de adestramento e produtos em pet shops.

Busca profissional

Se o seu pet se recusa a fazer as necessidades no local adequado, ou até mesmo não consegue chegar lá a tempo, pode ser o momento de procurar a orientação de um veterinário. Muitas vezes, o animal pode estar sofrendo com doenças silenciosas que afetam seu comportamento, como infecções urinárias, ansiedade, depressão ou problemas de submissão.

Se, mesmo com o treinamento adequado, seu cãozinho ou gatinho não está aprendendo a utilizar o local designado, pode ser benéfico consultar um adestrador.

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Entenda os tipos e grupos caninos

Muito antes de serem apenas companheiros e amorosos amigos, os cães eram criados e adaptados por suas excelentes habilidades de caça, pastoreio, olfato, rastreio, força e resistência. Ao longo de milhares de anos, os seres humanos selecionaram filhotes e cruzaram cães especificamente com base em características físicas e mentais para desempenhar diferentes funções, dando origem aos diferentes tipos ou grupos caninos, que consistem em raças semelhantes entre si. Entenda essas classificações!

Certamente você já se perguntou sobre a origem de alguns termos como “pastor”, “spitz”, “hound”, “pointer” ou “retriever”, presentes em nomes de várias raças. Esses nomes refletem as funções que cada grupo de raça desempenhava, o que formou diferentes classificações.

Atualmente, essas classificações são estabelecidas pela Federação Cinológica Internacional (FCI) e pela Federação Brasileira de Cinofilia (CBKC) no Brasil, que dividem as raças em 10 grupos distintos em termos de características (11 no caso da federação brasileira), cada um com suas peculiaridades e funções a que eram atribuídos ao longo de anos de evolução. Vamos entender quais raças compõe de cada grupo canino, suas aptidões e suas funções, juntamente com algumas curiosidades. Boa leitura!

Grupo 1: Pastores e boiadeiros

Pastores e boiadeiros border collie | Entenda os tipos e grupos caninos

Durante a domesticação de gado e ovelhas, os pastores humanos sentiram a necessidade de proteger seus rebanhos de animais selvagens e outros perigos. Foi assim que recorreram aos cães para auxiliar no pastoreio e na proteção de propriedades.

Os cães pastores são fortes, velozes e resistentes a longas caminhadas. Muitos deles também possuem a pelagem clara para facilitar a identificação em meio ao rebanho. Por sua incrível inteligência, vigor físico, resistência e lealdade, muitos cães pastores e boiadeiros continuam exercendo funções importantes até hoje, como a de cães policiais.

Embora a maioria desses cães sejam grandes, alguns se tornaram pastores por diferentes motivos. Por exemplo, o Corgi, mesmo sem ter a mesma estatura de outras raças, auxiliavam no pastoreio mordendo os calcanhares dos animais maiores para mantê-los em movimento.

Exemplos incluem o pastor alemão, pastor belga, boiadeiro australiano, corgi e border collie.

Grupo 2: Cães de Guarda, Trabalho e Utilidade

Cães de guarda, trabalho e utilidade | Entenda os tipos e grupos caninos

Esse grupo canino possui uma grande variedade de raças que possuíam funções e trabalhos distintos durante a história, mas, em geral, desempenham papeis de guarda e defesa. Este grupo também inclui os cães trabalhadores, que possuem aptidão para realizar diversas tarefas que auxiliam os humanos.

Entre os cães de guarda, defesa e trabalho estão os pirineus, o são bernardo, o rottweiler, o boxer, o dobermann e o pinscher.

Surpreendente, o pinscher miniatura, apesar do seu porte pequeno, é um exímio cão de guarda e caçador de pragas, como roedores. Os cães dessa raça são praticamente “dobermanns em miniatura”, que por conta da sua lealdade e agressividade contra invasores, servem como alerta com seus latidos.

Neste grupo também estão os dogues (ou dogo), originalmente utilizados para a caça de animais grandes, como javali e ursos.

Obs: na categoria atual da FCI, o grupo 2 é composto por “Pinscher e Schnauzer, molossoides, cães de montanha e boiadeiros suíços”, incorporando cães de guarda e outros com características similares, mas com funções diversas. Alguns cães desse grupo, como os rottweilers, são excelentes cães de guarda, mas também são ótimos como boiadeiros ou animais de tração.

Grupo 3: Terrier

Terrier Yorkshire | Entenda os tipos e grupos caninos

Os cães terrier são raças de cães desenvolvidas inicialmente para a caça de pequenos animais. Geralmente de porte pequeno e médio, os terriers são extremamente corajosos, persistentes e possuem uma personalidade energética.

Originalmente, os terrier eram cães dominantes e apresentavam agressividade contra outros animais, devido ao seu instinto de caça motivado pelos humanos. Eles eram usados como busca e enfrentamento de animais pequenos que se escondiam em tocas sob a terra, como raposas, fuinhas e ratos. Daí o nome “terrier”, derivado do latim “terra”.

À medida que a necessidade de caça diminui, a sua popularidade como animais de estimação e companhia aumentou. Apesar de sua origem como caçadores, por sua natureza pequena, resistência e fácil manutenção, os terriers se tornaram excelentes companheiros domésticos, amorosos e afetuosos. Os terrier modernos não são criados mais por suas habilidades de caça, mas sim por sua beleza, companheirismo e pelagem brilhante.

Tirando os cães sem raça definida, uma raça pertencente ao grupo terrier é a mais popular nos lares brasileiros: o Yorkshire terrier. Além dessa raça, outras incluem fox terrier, terrier brasileiro (fox paulistinha) e o bull terrier.

Grupo 4: Dachshunds

Dachshunds salsicha | Entenda os tipos e grupos caninos

O grupo 4 é composto exclusivamente por uma raça: os dachshunds, também conhecida como teckel. No Brasil, esses cães são carinhosamente chamados de “salsichas” ou “salsichinhas”

Esses cães compridos e de perninhas curtas são exímios caçadores de tocas. Seu olfato aguçado lhes permite rastrear pistas com precisão. Além disso, sua estrutura física única, com membros curtos e corpo alongado, os torna habilidosos em entrar em tocas e atacar suas presas de surpresa. Não é por acaso que “dachshund” significa literalmente “caçador de texugos” em alemão.

Apesar de sua estatura menor, os “salsichas” também eram habilidosos como sabujos, perseguindo, atacando e distraindo animais maiores até a chegada do caçador. Atualmente, o dachshund é um excelente cão de companhia, conhecido por sua extrema inteligência e afeto pelo tutor. Em alguns lugares da Europa, essa raça ainda é utilizada como companhia de caça.

Grupo 5: Cães do tipo primitivo, nórdico e spitz

Cães do tipo primitivo, nórdico e spitz | Entenda os tipos e grupos caninos

Os cães desse grupo possuem algumas características específicas, como uma vasta pelagem dupla, essencial para protegê-los do frio, orelhas em formato triangular e o rabo pontudo. Essa classificação engloba os cães que, apesar da evolução e da diversidade de portes, ainda exibem semelhanças físicas e comportamentais com ancestrais lobos.

Esses cães desempenharam diversas funções em várias regiões do mundo durante os anos. O chow chow é conhecido por ser um excelente cão de guarda, silencioso e não agressivo. O akita, por sua vez, era um lutador habilidoso e foi até usado em guerras antigas, enquanto o husky siberiano é famoso por sua capacidade de tracionar trenós em climas extremos. Em geral, esses cães vivem melhor em climas frios e se movem com facilidade na neve.

Os cães do tipo primitivo, nórdico e spitz, apesar da sua semelhança fisiológica com os lobos, são extremamente dóceis e sociáveis, além de inteligentes e independentes.

Além das raças mencionadas, outros cães desse grupo são o malamute do Alaska, o spitz alemão e o lulu-da-Pomerânia.

Grupo 6: Cães sabujos e rastreadores

Cães sabujos e rastreadores | Entenda os tipos e grupos caninos

Esses cães apresentam excepcional resistência física, capacidade de perseguição e, é claro, um olfato inigualável. Até hoje, muitos cães desse grupo ainda desempenham funções importantes, como os cães farejadores em aeroportos ou auxiliando na busca por pessoas desaparecidas.

Os sabujos são cães de caça que mantêm o instinto para o trabalho coletivo em matilha. Originalmente, eles rastrearam e caçavam as presas junto com outros cães ou com os humanos. Alguns cães sabujos conseguem sentir o cheiro de um animal que passou pelo local há quatro dias.

Os cães desse grupo são destemidos, incansáveis e persistentes, muitos deles possuem narinas proeminentes que contribuem para o seu olfato aguçado. Algumas raças deste grupo incluem o bloodhound, beagle, basset hound e dálmata. A palavra “hound”, em inglês, significa “cão de caça”.

Grupo 7: Cães de aponte

Cães de aponte | Pointer | Entenda os tipos e grupos caninos

Também conhecidos como cães de mostra ou cães apontadores, esses animais foram desenvolvidos e treinados para auxiliar os caçadores que utilizam armas de fogo.

Os “pointer” recebem esse nome justamente porque usam uma técnica inusitada para auxiliar os humanos na caça: Após explorar o terreno, eles conseguem detectar a presença de uma presa, ficam completamente imóveis e tensionam o corpo, apontando com o focinho na direção do esconderijo da caça, principalmente aves, permitindo ao humano atirar com precisão.

Esses cães são cheios de energia, inteligentes e possuem um olfato super aguçado. Algumas raças incluem o pointer inglês, o braco alemão e o setter irlandês.

Grupo 8: Levantadores, retrievers e cães d’água

Levantadores, retrievers e cães d'água | Entenda os tipos e grupos caninos

Você já parou para pensar sobre a origem do nome “golden retriever”? Em tradução literal, “retrieve” significa “recuperar”, e “golden” é “dourado”. Assim, o golden retriever é literalmente um “recuperador dourado”.

Originalmente, os retrievers eram cães que tinham a função de recuperar a caça abatida e trazê-la ao caçador, principalmente aves. Os outros cães desse grupo possuem funções semelhantes: os levantadores são responsáveis por espantar a presa para que ela possa ser avistada à distância, e os cães d’água são especializados em recuperar ou espantar as presas em ambientes aquáticos, como lagos e rios.

Os cães desse grupo são extremamente inteligentes, possuem faro aguçado e são facilmente adestrados. Por isso, muitos possuem uma variedade de tarefas até hoje, desde cães guias até farejadores e cães de salvamento.

Algumas raças incluem o cão d’água português, labrador retriever, golden retriever e cocker spaniel.

Grupo 9: Cães de companhia

Shih Tzu cão de companhia | Entenda os tipos e grupos caninos

Os cães deste grupo desempenham a função essencial de todos os cães: serem companheiros amorosos e leais para os humanos. Aqui estão os cães que não possuem funções específicas além de proporcionar amor e alegria aos seus donos, sendo especialmente treinados e dedicados ao convívio com os tutores. Os cães de companhia são amorosos, dóceis e adoram brincadeiras.

Neste grupo também estão incluídos cães que foram desenvolvidos principalmente por sua aparência, sem uma função física ou trabalho em mente.

Algumas raças neste grupo tiveram funções diferentes no passado, mas acabaram não se destacando tanto quanto outras raças em suas tarefas originais, ou até mesmo desenvolveram problemas de saúde. Por exemplo, o poodle originalmente era um cão d’água, e o Chihuahua, apesar do seu pequeno porte, é um habilidoso caçador e cão de guarda.

Além dos exemplos já citados, outras raças incluem o pug, shih tzu, pequinês e maltês.

Grupo 10: Cães galgos ou lebreis | Entenda os tipos e grupos caninos

Os cães desse grupo são reconhecidos principalmente por sua incrível velocidade. Algumas raças, como o greyhound (ou galgo inglês), estão entre as mais rápidas do mundo, alcançando impressionantes 72 km/h.

Originalmente, esses cães desempenhavam um papel fundamental auxiliando os humanos na caça à lebre. Ao contrário dos sabujos, que utilizam majoritariamente o olfato para caçar e rastrear, os galgos caçam predominantemente com base na visão. Eles perseguem a presa, mantendo-a constantemente em sua linha de visão e detectando rapidamente seus movimentos.

Os cães galgos possuem orelhas menores que não obstruem a visão panorâmica, assim como pernas longas, tórax profundo, cintura estreita e o corpo magro. Essas características permitem que mantenham um peso baixo e favorecem a incrível agilidade para atingir altas velocidades.

Além do greyhound, outras raças são o wolfhound irlândes, o galgo afegão, o borzoi e o whippet.

Bônus: Grupo 11: Raças não reconhecidas pela FCI

American Bully, cão não reconhecido pela FCI | Entenda os tipos e grupos caninos

No Brasil, temos algumas raças que são oficialmente reconhecidas pela Confederação Brasileira de Cinofilia, porém não possuem reconhecimento internacional pela FCI. Entre elas, encontramos algumas raças brasileiras e internacionais que se encaixam em diferentes grupos de classificação.

Algumas destas raças são populares tanto no Brasil quanto no mundo, embora ainda não tenham pedigree internacional. Entre as mais notáveis estão o american bully, pit bull, buldogue campeiro, buldogue serrano e ovelheiro gaúcho.

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Como brincar com seu gato

Benefícios e a importância

Antes de mais nada, devemos entender que brincar com o gato não é apenas uma forma de diversão, mas fundamental para a saúde mental e física do felino.

Os gatos, apesar de adoráveis, são predadores naturais. No entanto, por viver principalmente em ambientes domésticos, eles podem não ter oportunidades adequadas para expressar seu instinto de caça como teriam na natureza, o que pode levar ao tédio, estresse e problemas comportamentais. Portanto, devemos estimular os felinos a gastar energia e colocar seu instinto de predador em prática.

Além de estimular seus instintos naturais, as brincadeiras com os gatos oferecem diversos benefícios para sua saúde física e mental, contribuindo para o bem-estar e uma vida saudável. Entre alguns benefícios estão:

  • Desenvolvimento das habilidades de caça
  • Redução do estresse, ansiedade e tédio
  • Prevenção da obesidade e sobrepeso
  • Liberação de energia, evitando comportamentos indesejados
  • Fortalecimento do vínculo entre gato e tutor

Como brincar com o gato

Como mencionado anteriormente, brincar com gatos visa estimular os seus instintos de caçador. Por isso, para uma brincadeira ser eficaz, o brinquedo escolhido deve imitar uma presa natural.

Isso significa que o brinquedo não deve ser simplesmente uma bolinha como a usada para cachorros, nem algo para o gato carregar por aí, pois isso não desperta o interesse deles e podem se entediar rapidamente. O ideal é que o brinquedo simule os comportamentos das presas naturais dos gatos, como voar, se esconder entre os móveis, correr e voltar ou até mesmo escalar paredes.

Brinquedos e estratégias

Como brincar com seu gato

Como as brincadeiras com um gato devem simular uma caçada, é necessário oferecer brinquedos que cumprem esse papel. Opções como bolinhas com guizos ou varinhas com penas, pelos e ratinhos de brinquedo nas pontas são ideais para despertar o instinto predatório.

É importante que os brinquedos sejam atrativos para o gato, simulando movimentos naturais de presas. Por exemplo, imite o jeito como um pequeno rato se moveria pelo chão, ou como um besouro voaria pelo ar, ou ainda como uma lagartixa se movimentaria pela parede. Brinquedos que simulam um bichinho fugindo para sua toca, como uma bolinha que pode ser rolada para trás do sofá, também são bastante eficazes.

Também é fundamental manter a distância adequada durante a brincadeira, já que os gatos têm uma visão privilegiada para observar movimentos a uma distância de um a dois metros. Além disso, nenhuma presa ficaria próxima a boca do predador pronta para ser devorada. O brinquedo deve imitar os comportamentos que os animais fariam a essa distância.

Se seu gato ainda não começou o ataque, mas está observando atentamente o brinquedo, tenha paciência. Ele pode estar estudando os movimentos da sua presa para atacar no momento certo, ou procurando um lugar para se esconder e surpreender sua “presa”. Por isso, dê tempo ao seu gato antes de achar que ele está desinteressado.

Para garantir que o estímulo de caça seja eficaz, o gato deve conseguir cumprir seu objetivo. Portanto, permita que seu pequeno predador capture a “presa” várias vezes durante a brincadeira. Assim como na natureza, uma presa real tenta escapar inicialmente, mas eventualmente desiste, proporcionando satisfação ao felino. Lembre-se de sempre supervisionar para evitar que seu gato engula algo inadequado durante a brincadeira.

Brinquedos com catnip

Uma excelente maneira de estimular os instintos de caça dos gatos é oferecer brinquedos com catnip, como pelúcias ou bolinhas com penas. O catnip, também conhecido como erva de gato, contém uma substância que é altamente atrativa para os felinos, podendo causar uma sensação de relaxamento ou euforia nos bichanos. Isso ocorre porque a erva ativa os instintos e sentidos naturais do gato.

Isso significa que os bichanos podem demonstrar maior disposição para caçar, brincar, pular ou até mesmo rolar e relaxar profundamente ao entrar em contato com o odor da planta. Esse estímulo pode trazer benefícios significativos para o seu felino.

É importante lembrar que o catnip deve ser oferecido com moderação e sob supervisão, além disso, nem todos os gatos são afetados pelos seus efeitos.

Escondendo petiscos

Embora seja comum associar um olfato apurado aos cães, os gatos também possuem esse sentido extremamente desenvolvido. Muitos gatos domésticos têm um olfato mais aguçado que os cães comuns, mas perdem para os cães de caça. Isso os torna hábeis em detectar alimentos perdidos.

Isso significa que uma brincadeira muito benéfica para aproveitar esse instinto natural é esconder petiscos pela casa, especialmente em locais altos ou estreitos por onde os gatos adoram explorar. Isso não só estimula seu olfato, mas também permite que eles “cacem” seu próprio alimento de maneira divertida e enriquecedora.

Outra opção para proporcionar a sensação de caça é usar comedouros interativos, que desafiam o instinto de caça e a inteligência dos felinos enquanto eles se alimentam.

Laser são uma ótima alternativa

Os ponteiros de laser são uma das brincadeiras clássicas mais populares entre os gatos, pois instigam a curiosidade e o instinto de predador desses felinos. Embora não pareçam presas comuns dos felinos, o laser possui uma característica intrigante: os olhos dos gatos são especialmente adaptados para detectar movimentos de pequenos animais durante o amanhecer e o anoitecer, seus horários preferidos para caçar. O ponto de luz do laser atrai intensamente a atenção visual do gato, que o percebe como uma presa em movimento, pronta para ser perseguida e capturada.

É importante lembrar que, como os gatos precisam capturar sua presa para satisfazer seu instinto natural, o laser pode não proporcionar essa gratificação física. Por isso, procure intercalar o uso do laser com brinquedos que o gato possa capturar fisicamente, como ratinhos ou bolinhas. Nem precisamos falar para nunca apontar o laser para os olhos do animal ou de outras pessoas, né?

Conclusão

Agora que você já sabe como brincar com seu gato, lembre-se de sempre supervisionar as brincadeiras e garantir momentos seguros e satisfatórios. Desta forma, você promove o bem-estar do seu felino e fortalece os laços de companheirismo entre vocês.

Brincar com seu gato é um entretenimento para você e para ele, mas também é uma parte essencial para garantir a saúde física e mental do seu pet. As brincadeiras não apenas estimulam seus instintos naturais e combatem o tédio e estresse, mas também são momentos preciosos para fortalecer o vínculo afetivo entre tutor e animal de estimação.

Se seu gato for muito agitado, veja também dicas de cuidado para acalmar seu bichano.

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A importância do Banho e Tosa para a saúde dos pets

Muito mais do que estética e deixar os nossos peludos cheirosos, o banho e a tosa são fundamentais para o bem-estar e saúde dos pets. Neste artigo, vamos explorar sobre a importância do banho e tosa para a saúde dos animais de estimação. Boa leitura!

Assim como nós, os pets também requerem atenção e cuidado especial quando se trata de higiene, além de corte de pelos, limpeza e até escovação dos dentes. O banho e a tosa não apenas deixam os pets ainda mais fofos, cheirosos e encantadores, mas também são eficazes na prevenção de doenças de peles e no controle de parasitas que podem se proliferar em uma pelagem suja.

Pet shop ou em casa, qual a melhor opção?

Antes de mais nada, precisamos decidir se a melhor opção para dar banhos nos pets é em casa ou em pet shops. Essa escolha depende das necessidades individuais dos pets e até da idade do animal.

Geralmente, os pet shops oferecem vantagens significativas em relação ao banho em casa. Os estabelecimentos contam com profissionais treinados e produtos específicos de alta qualidade, adequados à raça, tipo de pelagem e porte do pet. Além disso, os pets shops são projetados especialmente para o conforto dos animais. Eles possuem locais específicos para banhos e secadores silenciosos que não geram estresse aos peludos. 

Alguns serviços, como corte de unhas, limpeza de ouvido e até mesmo a escovação dentária, são mais fáceis de realizar em pet shop, enquanto podem ser desafiadores de realizar em casa.

No entanto, se seu pet for filhote e ainda não completou o calendário de vacinação, é recomendável optar pelo banho em casa, já que o contato com outros animais antes das vacinas pode representar riscos à saúde. Além disso, para animais com problemas de pele, alergias ou parasitas que necessitam de banhos diários ou mais frequentes, dar banho em casa pode ser uma opção mais econômica. A menos que ele possua um plano de saúde pet com benefícios e descontos exclusivos. 

A tosa geralmente só pode ser realizada em pet shops. Os profissionais especializados conseguem garantir o conforto e a saúde do pet, além de conhecer os cortes adequados para cada raça e comprimento de pelos, evitando danos.

Dado isso, vamos a importância dos banhos para os pets:

Higiene

Se nós tomamos banhos regulares para nos mantermos limpos e cheirosos, por que com os pets seria diferente? Os banhos nos animais ajudam a remover a sujeira acumulada nos pelos, os óleos naturais e os detritos de pele e células mortas que podem se acumular na pelagem.

Além disso, o banho contribui para prevenir o surgimento ou tratar odores desagradáveis e problemas de pele.

É importante ressaltar que alguns animais precisam ser escovados diariamente para a remoção de acúmulo de sujeira, desembaraçar os pelos, remover nós e eliminar células mortas que se prendem na pelagem. Isso é especialmente importante para pets de pelos longos, como alguns cães SRDs, shih-tzu, Yorkshire terrier, maltês e lhasa apso. Os gatos, principalmente os de pelos longos, também se beneficiam da escovação regular para evitar problemas de pelo e pele.

Prevenção e exame

Os banhos regulares também são essenciais para a prevenção de diversas doenças e problemas de pele que podem surgir devido ao acúmulo de sujeira e oleosidade na pele dos pets. Além disso, ajudam a eliminar parasitas como pulgas e carrapatos, bem como a prevenir o desenvolvimento de fungos e bactérias que se prendem nos pelos. 

Além dos benefícios para a saúde da pele, alguns procedimentos realizados em pet shops durante os banhos contribuem para reduzir o risco de outros problemas de saúde. Por exemplo, o corte de unhas ajuda na prevenção de deformidades ósseas, má postura e até mesmo artrite. Enquanto a limpeza das orelhas reduz o risco de infecções no ouvido e problemas auditivos.

É durante o banho também, que os profissionais ou o tutor têm a oportunidade de realizar um exame físico na pele do animal. Esse momento de limpeza permite a identificação precoce de caroços, dermatites, parasitas, feridas, inflamações ou outras patologias que possam afetar a saúde do peludo, possibilitando um encaminhamento ao veterinário.

Estética e autoestima

Tanto o banho quanto a tosa ajudam na estética do seu peludo, deixando-o não apenas mais cheiroso, mas também mais lindo e adorável do que nunca. Durante o banho, os pelos e nós que podem ser desconfortáveis ao animal são removidos, melhorando até sua locomoção.

Além disso, os pets se sentem revigorados após o banho, o que contribui para elevar sua autoestima, assim como acontece conosco! É comum o cãozinho retornar do pet shop buscando a aprovação do tutor, ansioso para exibir sua limpeza e cheiro de shampoo, o que fortalece ainda mais o vínculo entre animal e humano.

E a tosa

A importância do banho e tosa para a saúde dos pets

A tosa também desempenha um papel fundamental na saúde e bem-estar dos animais, principalmente para aqueles com pelos mais longos. Por exemplo, a tosa higiênica, que se concentra em aparar os pelos em áreas mais propensas ao acúmulo de sujeira e proliferação de bactérias maléficas, é fundamental para prevenir o acúmulo de detritos, como fezes e urina, e o surgimento de doenças. Essa tosa geralmente é realizada nas regiões das genitália, ânus, ao redor dos olhos, orelhas e patas.

A tosa total também é recomendada para animais com pelagem que não para de crescer. Pois, os pelos podem facilmente emaranhar e formar nós difíceis de remover durante o banho, prejudicando a locomoção dos pets, se prendendo nas patas ou entre os dedos. Além disso, alguns pets podem ter a visão ou audição comprometida se não forem tosados regularmente.

É importante ressaltar que alguns pets necessitam de tosa até mesmo durante os meses mais frios do inverno. No entanto, independente da espécie e da raça do animal, a tosa deve ser realizada por profissionais qualificados e seguindo orientação veterinária. Os pelos dos pets desempenham um papel importante na proteção da pele e na regulação da temperatura corporal, ajudando inclusive a resfriar o corpo durante os dias quentes.

Com qual frequência os pets devem tomar banho

A frequência dos banhos nos pets varia de acordo com suas necessidades individuais. Em geral, recomenda-se que sejam banhados a cada 15 dias, enquanto a tosa deve ser realizada pelo menos uma vez por mês. No entanto, essa periodicidade pode mudar dependendo da pelagem e rotina do animal.

Por exemplo, cães com pelos mais curtos, como bulldogues, pitbulls e a maioria dos SRDs, que vivem predominantemente dentro de casa, geralmente podem ser banhados apenas uma vez por mês. Em muitos casos, para essas raças, é recomendada apenas a tosa higiênica, já que o acúmulo de sujeira e detritos é menor. Todavia, essa frequência tende a mudar se o cão tem acesso a áreas externas ou jardins e é mais propenso a se sujar.

Por outro lado, cães de pelos mais longos, como spitz e golden retrievers, geralmente necessitam de banhos quinzenais, já que sujeira, poeira e microrganismos se acumulam mais facilmente nos pelos longos e densos. Essa frequência pode ser ainda maior se os cães tiverem acesso a ambientes que se sujam facilmente.

Para cães de porte pequeno com pelagem lisa e comprida, ou a que se assemelham a cabelos humanos, como Yorkshire terriers e maltês, pode ser necessário o banho ainda mais frequente, como uma vez por semana. Isso se deve ao fato que eles tendem a acumular mais oleosidade na pele, o que pode atrair bactérias e fungos. A tosa também pode ser mais frequente nesses animais.

Quanto aos gatos, a frequência deve ser reduzida, ou realizada por questões terapêuticas.

Gatos?

Sim, os banhos não são exclusivos dos cães, gatos também podem se beneficiar deles. No entanto, a recomendação é evitar ao máximo dar banho em gatos, pois isso pode causar muito estresse nos felinos.

Os felinos são conhecidos por se higienizarem sozinhos através de suas lambidas, os famosos “banhos de gato”, que na maioria dos casos são suficientes para mantê-los limpos e remover sujeiras e microrganismos. Contudo, alguns veterinários recomendam banhos em gatos a cada seis meses, para uma limpeza mais profunda quando a lambedura não é o suficiente.

Os banhos também são indicados para gatos que se sujam muito e não conseguem se limpar adequadamente, ou em casos de problemas de pele ou parasitas, como pulgas.

É importante destacar que a escovação diária é essencial para os gatos, evitando as famosas bolas de pelo.

Plano Pet

Quando se trata em dar banho em seus pets, use sempre produtos específicos projetados para animais, levando em conta o tipo de pelagem, seu comprimento e a espécie do seu companheiro. Produtos humanos, como shampoos e sabonetes, podem causar alergias, dermatites e danificar as peles e os pelos dos peludos.

Além disso, para economizar e receber benefícios e descontos exclusivos em diversos serviços, como banho e tosa, considere aderir a um plano de saúde pet para seu melhor amigo peludo. Além de vacinação, castração, exames, internações e cirurgias, alguns planos, como os pacotes do Meu Plano Pet, também oferecem vantagens especiais em pet shops, hotéis, cuidadores e até mesmo em serviços de adestramento.

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